O presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE), José Manuel de Matos Passos, apresentou a demissão esta quarta-feira, tendo esta já sido aceite, avança o Ministério da Educação em comunicado. Em causa está uma alegada fraude de cerca de 2,5 milhões de euros, que já está a ser investigada pelas autoridades.
“O Ministério da Educação, Ciência e Inovação teve hoje conhecimento de que o Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE) foi alvo de fraude que envolve a transferência de verbas que ascendem a 2,5 milhões de euros“, lê-se no comunicado do ministério tutelado por Fernando Alexandre.
“Em causa estão três transferências bancárias realizadas este mês [de junho] para o pagamento a uma empresa que presta serviços informáticos, tendo as verbas sido transferidas para um IBAN de uma outra entidade”, refere o comunicado. No documento lê-se ainda que foi o próprio instituto a apresentar “de imediato uma denúncia à Polícia Judiciária” assim que detetou que “a empresa que tinha prestado os serviços não estava a receber os pagamentos”.
Perante esta situação, e com o objetivo de “preservar a credibilidade e prestígio institucional do IGeFE”, o responsável demitiu-se. Além deste, “foram ainda afastados outros dirigentes com responsabilidades neste processo”, refere o Ministério, sem detalhar nomes. Em substituição de José Manuel de Matos Passos ficarão em funções o vice-presidente e o vogal do IGeFE, Edgar Romão e Carlos Almeida de Oliveira, respetivamente.
Além das autoridades que já estão a investigar o caso, o próprio Ministério da Educação “ordenou a abertura de um inquérito interno”.