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A pausa diária anunciada pelo exército israelita nas operações no sul da Faixa de Gaza não teve qualquer impacto na chegada da ajuda humanitária, afirmou esta sexta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Nós, as Nações Unidas, podemos dizer que não registámos qualquer impacto na chegada de ajuda humanitária desde o anúncio, eu diria unilateral, desta pausa técnica”, disse o representante da OMS nos territórios palestinianos ocupados, Richard Peeperkorn.

O exército anunciou no domingo uma pausa diária das 08h00 às 19h00 num troço de 10 quilómetros de estrada, entre o ponto de passagem israelita de Kerem Shalom, no extremo sul de Gaza, e o Hospital Europeu de Rafah, mais a norte.

O afluxo de ajuda humanitária “tem sido mínimo“, acrescentou o porta-voz do Gabinete de Coordenação das Situações de Emergência, Jens Laerke, no briefing regular da ONU em Genebra, citado pela agência francesa AFP.

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A situação humanitária e sanitária é considerada catastrófica em todo o estreito território palestiniano.

Os trabalhadores humanitários “não podem chegar a Kerem Shalom e recolher [ajuda] com toda a segurança devido à falta de ordem pública e de segurança”, disse o porta-voz.

Laerke referiu, no entanto, que foi possível a entrada de combustível em quantidades limitadas.

O combustível é essencial para a produção de eletricidade, necessária aos hospitais ou às padarias.

Fazer “desaparecer” o Hamas? É como “lançar areia para os olhos”, diz porta-voz das IDF Daniel Hagari

A guerra em Gaza eclodiu em 7 de outubro de 2023, quando comandos do grupo extremista palestiniano Hamas realizaram um ataque no sul de Israel a partir de Gaza que causou cerca de 1.200 mortos.

Em represália, Israel prometeu destruir o Hamas, no poder em Gaza desde 2007, e lançou uma ofensiva no enclave que já provocou mais de 37.400 mortos, segundo o governo do grupo islamita.