Uma exibição para a ‘lenda’ do guarda-redes Rafael Romo valeu na quarta-feira a uma ‘heroica’ Venezuela o triunfo sobre o México (1—0) e o apuramento prematuro para os quartos de final da Copa América em futebol.
No SoFi Stadium, em Inglewood, foi Salomón Rondón que marcou o golo do triunfo, aos 57 minutos, de grande penalidade, mas a grande figura da ‘vinotinto’ foi claramente Romo, com uma série de defesas incríveis, incluindo um penálti, aos 87.
A formação comandada pelo argentino Fernando Batista, que já tinha vencido o Equador (2—1), chegou à vantagem depois de uma forte entrada na segunda metade e, a ganhar, soube sofrer, com uma intensa entreajuda entre todos e o intransponível Romo atrás.
Com seis pontos, os venezuelanos, que tiveram Jhonder Cádiz (Famalicão) a partir dos 82 minutos, estão nos ‘quartos’, mas ainda não asseguraram o primeiro posto, certo com um ponto face à já eliminada Jamaica, ainda a zero, enquanto o México disputa o segundo lugar com o Equador e está obrigado a vencer.
Após o triunfo tangencial face à Jamaica (1—0), o México começou mais ofensivo, jogando mais perto da baliza contrária, mas só teve a primeira grande oportunidade aos 19 minutos, com Santiago Jiménez a isolar-se nas costas da defesa e a receber a bola no peito, mas a falhar o remate.
Apesar de mais defensiva, a Venezuela nunca deixou também de se mostrar ameaçadora e teve mesmo a melhor ocasião da primeira parte, aos 34 minutos, com Savarino, da direita, a lançar Rondón, que fez a bola embater no poste esquerdo.
O segundo tempo começou com os venezuelanos a ‘mandarem’ e a criarem várias ocasiões perigosas, com Soteldo a rematar para defesa por instinto de Julio González, aos 50 minutos, e Rondón a atirar muito pouco ao lado do poste esquerdo, aos 53.
A insistência da ‘vinotinto’ acabou por dar frutos: aos 55 minutos, Quiñonez fez falta na área sobre Aramburu e o árbitro assinalou penálti, que, aos 57, Rondón converteu com classe, ‘atirando’ González para a esquerda e a bola para a direita.
Em desvantagem, o México lançou-se no ataque e começou a criar situações de perigo, a primeira num cruzamento de Quiñonez, aos 69 minutos, e depois, aos 80, com Luis Chávez a deixar-se antecipar por um corte corajoso de Arambaru.
Na parte final, os ‘aztecas’ instalaram-se na área venezuelana e, aos 83 minutos, um remate do portista Jorge Sánchez, que ia claramente para fora, bateu na mão de Navarro, com o árbitro a assinalar novo penálti, após ver as imagens.
Entrado aos 78 minutos, como última aposta de Jaime Lozano, Orbelín Pineda foi chamado a marcar o castigo máximo, aos 87, mas o seu remate para junto do poste direito foi detido por uma grande estirada de Romo, a desviar para canto com a mão direita.
Nos descontos, o México ainda teve duas boas ocasiões para empatar o jogo, ambas por Guillermo Martínz, mas Romo e uma férrea defensiva venezuelana seguraram o triunfo e o apuramento.