Milhares de pessoas juntaram-se este domingo em frente à Junta de Galiza, em Santiago de Compostela, contra o projeto que a portuguesa Altri quer instalar em Palas de Rei.

Desde maio, esta é a segunda manifestação que se realiza na Galiza contra a instalação do projeto, que prevê a construção de uma biofábrica de fibras sustentáveis.

“A Galiza está em luta […]. Não ao roubo da nossa terra”, foram algumas das palavras de ordem que se ouviram durante o protesto.

Citada pela agência EFE, a porta-voz da plataforma Ulloa Viva, que organizou a iniciativa, Marta Gontá indicou que o protesto juntou 30.000 pessoas, pedindo que o executivo oiça as reivindicações.

“A Junta deve ouvir as razões pelas quais somos contra um projeto altamente poluente, que nos obrigaria a viver pior […] em toda a Galiza”, vincou.

No mesmo sentido, o porta-voz da Plataforma de defesa da Ria de Arousa, Xaquín Rúbido, exigiu que o projeto seja travado, defendendo que este é poluente, podendo assim provocar danos graves à população.

“São projetos que não deixam nada aqui. Só poluição e isso é contrário ao nosso modelo produtivo”, referiu.

O projeto para a construção de uma biofábrica de produção de fibras naturais sustentáveis, liderado pela Atri, está avaliado em cerca de 900 milhões de euros.

O grupo Altri registou, no primeiro trimestre deste ano, lucros de 21,6 milhões de euros, um aumento de 10% em relação a igual período do ano passado.

A Lusa contactou a Altri e aguarda uma resposta.

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