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A Divisão de Informação das IDF apresentou na segunda-feira ao chefe de gabinete do exército israelita as conclusões preliminares de uma investigação que analisa as ações israelitas nas vésperas do 7 de outubro. Os serviços de informação concluíram que “os sinais indicativos eram suficientes” para as IDF terem tentado impedir o ataque do Hamas, avança o canal israelita Channel 12, que cita fontes do exército israelita.

Apesar de este ser apenas o primeiro relatório e as suas conclusões não serem finais, a investigação é extensa. A análise foca-se principalmente no que aconteceu no dia 6 de outubro dentro das Forças de Defesa de Israel: as informações que foram partilhadas dentro das cadeias de comando e as medidas que foram tomadas a cada momento e por quem. Contudo, estas informações mais detalhadas não foram partilhadas com os media.

A investigação foi ordenada pelo anterior chefe de gabinete em março deste ano e levada a cabo sob um alto nível de secretismo. Todas as informações foram divididas e analisadas em profundidade de forma separada. Os intervenientes assinaram acordos de confidencialidade e foram sujeitos a testes de polígrafo. Assim, a divisão de informação garante que os factos apresentados são “inegáveis”.

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Segundo as fontes citadas pelo Channel 12, a apresentação do relatório criou um sentimento de “profunda frustração” dentro das IDF, porque se tornou óbvio que teria sido “possível ligar os pontos” e antever o ataque do Hamas e isso simplesmente não foi feito. Os investigadores identificaram mais de cinco anos de informações sobre o grupo de resistência palestiniana – a que as IDF tinham acesso – que consideraram ser “suficientes” para antecipar um ataque do grupo palestiniano islâmico. Os primeiros dados datam da operação israelita “Guardiães”, em março de 2018.

Todas estas informações, que tinham vindo a ser recolhidas sobre as atividades do Hamas, deviam “ter acendido todas as luzes vermelhas”, adianta ainda o Times of Israel. “No passado, já mobilizámos várias frentes com menos do que isto”, pode ler-se no relatório citado pelos media israelitas.

Em março, Aharon Haliva ordenou a investigação e definiu como objetivo “aprender” e prevenir situações semelhantes. “Experienciámos eventos difíceis e falhámos em defender os nossos cidadãos. Estamos comprometidos a aprender e melhorar”, declarou, na altura, o chefe de gabinete das IDF.

Agora, o novo chefe de gabinete, Harzi Halevi, pode exigir uma nova investigação, com propósitos mais adequados à sua liderança, avançam os media israelitas. Isto porque, apesar de os factos apresentados estarem comprovados, existe “espaço para diferentes interpretações”, escrevem. Além disso, denunciam “tensões” entre Haliva e Halevi, que poderão explicar o pedido de uma nova investigação, conduzida pelos militares da confiança do novo responsável.

O ataque que o Hamas levou a cabo no 7 de outubro de 2023 matou 1.195 pessoas, a maioria civis. 251 pessoas foram raptadas e levadas para a faixa de Gaza, onde 116 ainda são mantidas como reféns. Contudo, segundo dados das IDF, 42 dos reféns já terão morrido.