A produção do reator experimental de fusão nuclear internacional Iter sofrerá um atraso de pelo menos oito anos e os custos aumentarão em vários milhares de milhões de euros, disse nesta quarta-feira um responsável do projeto.

A data da primeira produção de plasma, essencial para a fusão, inicialmente prevista para 2025, foi adiada para pelo menos 2033, e os atrasos e as reparações de peças defeituosas acarretarão custos adicionais, atualmente estimados em “cinco mil milhões” de euros, declarou o diretor-geral do projeto, Pietro Barabaschi, durante uma conferência de imprensa para apresentar o novo calendário do projeto, sediado em Cadarache, no sudeste de França.

O prazo para a produção de “energia magnética completa” prevista para 2033 no calendário inicial apresentado em 2016, passou para 2036.

Durante uma reunião do conselho de administração no final de junho, os países membros e parceiros — China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Índia, Japão, União Europeia e Rússia — aceitaram a continuidade do projeto de acordo com esse novo calendário, disse o diretor.

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O conselho terá ainda de decidir sobre o pedido de financiamento adicional, no valor de “cinco mil milhões de euros“, afirmou Barabaschi.

Esta decisão poderá ocorrer durante a próxima reunião do conselho marcada para novembro.

“Há um atraso, mas acreditamos que estamos a fazer o que é certo para atingir o objetivo com mais atenção aos riscos e minimizando o atraso total do projeto”, garantiu Barabaschi.