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Do Líbano para os armários de princesas e divas. 13 looks memoráveis para celebrar os 60 anos de Elie Saab

Sem nunca deixar o seu Líbano para trás, Elie Saab foi conquistando os palcos de moda do mundo. Aos 60 anos tem um império com o seu nome e criações nos armários da mulheres mais famosas do mundo.

13 fotos

O nome até fica no ouvido, mas para quem anda por fora dos meandros da moda e acha que não conhece Elie Saab, desengane-se, porque certamente já viu uma criação deste designer. Completa este 4 de julho 60 anos no topo de um império de moda que criou e no qual conta com a ajuda da família. Quis manter sempre um pé no seu Líbano natal e foi sofrendo alguns desgostos, mas nunca deixou de fazer moda para sonhar. É um favorito das passadeiras vermelhas do cinema e dos guarda-roupas reais. Reunimos 13 looks que ficaram famosos.

Em 1975 começou uma guerra civil no Líbano e várias pessoas foram deslocadas, incluindo a família Saab que se mudou da zona costeira de Damour para Beirute. Mas mesmo assim o jovem Elie Saab insistiu em arrancar a carreira no seu país natal. E concretizou o desejo em 1982, com 18 anos e depois de apenas uma breve passagem por uma escola de design em Paris. Abriu o seu atelier com 15 funcionários e apresentou o primeiro desfile, no Casino du Liban. A partir daqui começou um caminho para o sucesso que passou primeiro pelo Líbano, depois pelo Médio Oriente e chegaria ao resto do mundo.

Elie Saab nasceu a 4 de julho de 1964 em Damour, um subúrbio costeiro de Beirute, capital do Líbano, numa família de classe média na qual era o filho mais velho e o pai era comerciante de madeiras. Conta que aprendeu a costurar antes dos 10 anos, começou a fazer moldes em papel de jornal e vestidos com os materiais que apanhava. Inicialmente os pais gostavam que tivesse seguido outra profissão, mas acabaram por se render ao talento do filho.

A moda de Elie Saab “combina silhuetas e formas ocidentais com o gosto pela ornamentação típico do Médio Oriente”, resume o Business of Fashion, e tem provado ser uma receita bem sucedida. Começou a fazer vestidos para a família e para as amigas, considera-se um autodidata e fez dos vestidos de noiva e de gala a sua especialidade. Em 1999 a rainha Rania da Jordânia usou um vestido Elie Saab quando o marido ascendeu ao trono e passou a ser uma das suas clientes-estrela. “A rainha Rania é uma mulher que apresenta as mulheres da nossa região. [Ela é] muito bonita e muito chique… por todo o mundo. Ela deu às mulheres da região uma atitude que é muito valiosa”, disse o designer à Vogue Austrália.

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Elie Saab com a mulher, Claudine, e o filho mais velho, Elie Saab Junior, no casamento do príncipe Guillaume do Luxemburgo com Stephanie de Lannoy © Getty Images

Mas o momento de viragem foi na cerimónia dos Óscares de 2002. Nesse ano, Halle Berry foi não só a vencedora do prémio de melhor atriz, como a primeira mulher negra a consegui-lo e começou logo a dar que falar na passadeira vermelha com um vestido Elie Saab que tinha tanto de clássico, com a sua saia volumosa e cauda, como de arrojado, com um parte de cima transparente com flores bordadas sobre o peito. “Halle Berry tornou o nome Elie Saab mais popular… Ela conseguiu realmente pôr o nome Elie Saab no mercado internacional”, disse o designer à mesma revista. Em 2023 o vestido tornou-se peça do Museu da Academia, em Los Angeles.

Em 1997 foi o primeiro designer não italiano a ser convidado pela Camera Nazionale della Moda para apresentar uma coleção em Roma. No ano seguinte teve o seu primeiro desfile em Milão. Seguiu-se Paris onde começou a apresentar coleções no ano 2000 e em 2003 foi convidado pela Chambre Syndicale de la Haute Couture a tornar-se um membro. Três anos mais tarde passou a ser membro correspondente e o primeiro árabe no restrito grupo de marcas que apresentam coleções de Alta Costura duas vezes por ano na capital francesa. Num contexto bem diferente, foi júri várias vezes no programa Project Runway: Médio Oriente em 2016, uma versão  do sucesso criado por Heidi Klum nos Estados Unidos.

A Vanity Fair visitou-o em Beirute em junho de 2011, em plena Primavera Árabe. “Eu acredito no povo libanês. Por isso o meu coração permanece aqui”, diz Elie Saab. O jornalista descreve-o como alguém que “atingiu o sucesso em vez da celebridade”, com “um dom para a amizade”, muito “terra-a-terra” e em quem “nada na sua aparência ou jeito grita ‘moda’”, segundo conclui depois de o ter acompanhado na sua terra e em Paris. “Não estou a trabalhar para ser uma lenda, ou para ser como Fairuz [popular cantora libanesa]. As pessoas escolhem deixar-te ser uma lenda, não podes decidir ser uma lenda. Tenho muito orgulho que as pessoas digam que apresento uma boa imagem do meu país. A frase: ‘o designer libanês Elie Saab’ para mim é suficiente.”

Elie Saab conheceu a mulher, Claudine, em 1987 quando esta tinha ido escolher um vestido para o casamento da irmã. É filha de uma das suas primeiras clientes. Casaram em 1990 e tiveram três filhos. O mais velho, Elie Saab Junior está a assumir um papel cada vez mais importante na marca e é atualmente CEO do grupo. Pai e filho falaram juntos ao New York Times, na sequência da violenta explosão no porto de Beirute que a 4 de agosto de 2020 matou centenas de pessoas e causou a destruição na cidade.

Contaram que estavam ambos nos escritórios em Beirute, em diferentes pisos do edifício. Elie Saab disse que todas as janelas e portas rebentaram, que precisou de um minuto no meio do pó para perceber onde estava e que os danos foram apenas materiais. Demorou 10 dias até o atelier voltar a ficar operacional e havia uma coleção para fazer e apresentar em setembro. Havia também todos os constrangimentos da pandemia de Covid-19 que durante esse mesmo ano parou o mundo.

A marca Elie Saab apresenta atualmente coleções de prêt-à-porter e Alta Costura. Tem uma linha de perfumes que começou em 2011 com o lançamento da fragrância Elie Saab. Lançou-se em 2019 na decoração de interiores.

 
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