Um homem de 25 anos morreu, nesta quinta-feira, na sequência de uma explosão que ocorreu num edifício que fica no campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, na Caparica. A morte foi confirmada à agência Lusa por fonte oficial da Proteção Civil e a idade da vítima foi avançada pelo Comandante dos Bombeiros da Trafaria, ao Correio da Manhã.
Fonte do Comando Sub-regional da Península de Setúbal já tinha confirmado à agência Lusa que havia registo de “uma vítima mortal”, tendo o óbito sido declarado no local às 13h36. A mesma fonte acrescentou que há ainda registo de um ferido grave, “que não está diretamente relacionado com a explosão”, indicando que “alegadamente poderá ter sofrido doença súbita”. Esse ferido grave foi transportado para o hospital Garcia de Orta.
Mas o Correio da Manhã acrescenta que há uma pessoa considerada ferida, que terá ficado muito abalado e está a ser apoiado pelos psicólogos do INEM.
Em comunicado, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa confirma que ocorreu uma explosão num dos edifícios do campus da faculdade e garante estar a colaborar com as autoridades. A instituição de ensino superior garante que a área afetada é “periférica e afastada da zona utilizada pelos estudantes, docentes, investigadores ou funcionários, sendo explorada por várias empresas privadas e com funcionamento independente”. A universidade lamenta a existência de uma vítima mortal decorrente da explosão e expressa os sentimentos à família.
Mais tarde, o Diretor do Conselho Científico da Faculdade confirmou todas as informações transmitidas no comunicado, em declarações aos jornalistas. José Paulo Santos sublinhou a localização, completamente separada dos edifícios académicos, expressando que queria “sossegar todos os familiares de estudantes” e garantindo “que não houve nenhum estudante envolvido”.
Quanto às responsabilidades da Faculdade no incidente, o Diretor explicou que o protocolo de segurança que é seguido dentro das instalações de todas as empresas é completamente independente da instituição de ensino: “não é da responsabilidade da faculdade, é uma atividade empresarial”. Já no que toca ao plano de segurança geral do campus, assegura que este foi posto em prática depois do incidente e foram tomadas as “devidas precauções”. José Paulo Santos acrescentou ainda que a Faculdade ainda está a averiguar que procedimentos vai adotar em resposta ao incidente.
De acordo com a informação da Proteção Civil, foram destacados 50 operacionais e oito viaturas dos bombeiros, além de viaturas do INEM. Relativamente à origem da explosão, a fonte revelou que teve início num “contentor de testes de pressão”, adiantando que a Brigada de Minas e Armadilhas da GNR se encontra no local. Apesar de as quatro vítimas serem todas da mesma empresa da indústria aeroespacial, a Omnidea, o Diretor da Faculdade esclareceu que outras empresa operavam a partir do mesmo edifício: sendo que este é referido no campus como o edifício YDreams, em referência à primeira empresa que começou a operar no local e também a que ocupa mais unidades no edifício.
A explosão tinha sido confirmada ao Observador pelos Bombeiros da Trafaria – o alerta foi dado às 12h45. Foi no parque tecnológico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, na Caparica, em Almada, foi num edifício que, “apesar de funcionar dentro do campus, é autónomo”, indicou a instituição de ensino superior.
A mesma fonte da Universidade Nova de Lisboa disse à Lusa que está ainda a recolher mais informação sobre a explosão, inclusive sobre o registo de vítimas e a identificação das mesmas, remetendo um ponto de situação para mais tarde.
Notícia atualizada às 17h00 do dia 4 de julho