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O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou esta quarta-feira que está a estudar uma resposta do grupo islamita palestiniano Hamas a uma nova proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza e libertação dos reféns detidos no enclave.
“Os mediadores do acordo para libertar as pessoas raptadas transmitiram a resposta do Hamas ao acordo proposto à equipa de negociação”, afirmou o gabinete numa breve mensagem publicada na rede social X.
Prime Minister's Office-Mossad Statement:
The hostages deal mediators have conveyed to the negotiating team Hamas's remarks on the outline of the hostages deal.
Israel is evaluating the remarks and will convey its reply to the mediators.
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) July 3, 2024
A milícia palestiniana respondeu em 11 de junho à proposta de cessar-fogo apresentada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, no final de maio, embora sugerisse uma série de mudanças que foram criticadas por Washington.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, questionou se o Hamas estava a “agir de boa-fé” ao propor uma série de novas exigências que, segundo indicou, “vão para além das posições que havia adotado no início” das conversações.
O plano apresentado por Biden divide-se em três fases: a primeira propõe a troca de reféns por prisioneiros e um cessar-fogo de curto prazo, enquanto a segunda prevê uma “cessação permanente das hostilidades” e a retirada total das forças militares israelitas da Faixa de Gaza.
A terceira e última fase inclui um plano plurianual de reconstrução para a Faixa de Gaza.
O Hamas mostrou abertura à aceitação do acordo, desde que as tropas israelitas se retirassem totalmente do enclave palestiniano, enquanto Israel deixou claro que vai continuar a sua ofensiva para destruir a milícia palestiniana.
O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, no dia 7 de outubro, deixando quase 1.200 mortos e levando mais de 200 pessoas como reféns, a que se seguiu desde então uma ofensiva em grande escala de Israel, que já provocou cerca de 38 mil vítimas mortais.