A ministra do Trabalho rejeita que as exonerações nas entidades por si tutelas tenham tido foro político. No caso da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, diz mesmo que o novo provedor, Paulo Alexandre Sousa, encontrou “novos elementos” que ajudam a fundamentar a exoneração da mesa anterior.

“Já temos novos elementos dados pelo novo provedor que confirmam que tínhamos razão” na exoneração da anterior mesa, referiu num audição regimental no Parlamento, esta quarta-feira, depois de defender que a decisão de exonerar Ana Jorge e a sua mesa foi tomada após uma análise cuidadosa de toda a situação.

O triângulo Peru, Canadá e Reino Unido que já fez sair mais de 8 milhões da Santa Casa sem retorno

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Entre esses elementos estão “várias irregularidades no processo de alienação” relativo ao hospital da Cruz Vermelha, o facto de haver mais de 300 processos aquisitivos atrasados, muitos que exigiam aprovação imediata, e em “coisas tão básicas como aquisição de refeições”, um edifício em Monsanto “com capacidade para 60 camas desocupado”, a inexistência de um plano de estratégico para a área dos jogos ou imóveis sem rendimento.

“Esta foi a situação que foi encontrada e que já foi relatada. Diz bastante da gestora anterior (…) Gostávamos de não ter obtido estas informações”, atirou ainda.

Rosário Palma Ramalho diz que o plano de reestruturação da Santa Casa deverá ser “apresentado” ainda em julho. Segundo informação recolhida pelo Observador, o documento deve ser entregue à tutela dia 18, cerca de um mês depois de a nova mesa ter tomado posse. E “vai ser um verdadeiro plano de reestruturação”, disse a ministra.