O dia começou com uma má notícia. Depois de uma queda a cerca de 12 quilómetros da meta, esta quarta-feira, Primoz Roglic não conseguiu ultrapassar as visíveis mazelas no ombro direito e anunciou o abandono da Volta a França numa altura em que seguia no sexto lugar da classificação geral.

“O ciclista foi minuciosamente examinado pela nossa equipa médica após a etapa de ontem e novamente esta manhã. Foi decidido que não vai partir hoje para se encontrar nos próximos objetivos”, indicou o comunicado da BORA-hansgrohe, que confirmou a terceira desistência consecutiva de Primoz Roglic do Tour depois de também ter abandonado em 2021 e 2022 e não ter participado em 2023.

O hat-trick de Biniam apareceu na grande derrota de Primoz: Girmay vence etapa marcada pela queda de Roglic e a subida de Almeida a 4.º

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No topo da classificação, Tadej Pogačar mostrou-se “arrasado” com o abandono do compatriota. “Ouvimos o estrondo. Mas foi muito stressante no final e não sabia quem tinha caído. Mas no fim disseram-me logo que tinha sido ele a cair. Fiquei arrasado, porque ele estava em muito boa forma. Vi-o melhorar ao longo da competição e estava mesmo a lutar, é muito triste vê-lo cair”, disse o esloveno, que manteve a camisola amarela num dia em que Biniam Girmay ganhou a terceira etapa no Tour e João Almeida subiu ao 4.º lugar da classificação geral.

Ora, esta quinta-feira e numa 13.ª etapa que voltava a chamar a atenção dos velocistas, os ciclistas cumpriam um percurso de 165,3 quilómetros entre Agen e Pau com duas contagens de montanha de quarta categoria e um sprint intermédio. A tirada começou com uma pseudo fuga de 21 ciclistas, onde estava incluído o português Rui Costa, e acabou por confirmar novo abandono: Juan Ayuso, colega de João Almeida na Emirates que testou positivo à Covid-19, até iniciou a etapa por ter tido luz verde da equipa médica mas acabou por decidir desistir.

A fuga foi resistindo e, a cerca de 68 quilómetros para o final, sobravam quatro ciclistas na frente e com cerca de um minuto de vantagem para o pelotão: Michal Kwiatkowski, Julien Bernard, Romain Grégoire e Magnus Cort. O grupo onde seguia Tadej Pogačar, assim como Remco Evenepoel e Jonas Vingegaard, implementou um ritmo infernal e alcançou os quatro fugitivos a cerca de 50 quilómetros do fim e antes das duas subidas do dia.

Richard Carapaz e Tobias Johannessen ensaiaram uma fuga, alcançado uma vantagem de 20 segundos em relação ao pelotão, Jasper Stuyven, Brent Van Moer e Fabien Grellier fizeram o mesmo quando os outros dois foram apanhados, mas a única tentativa bem sucedida foi a de Jasper Philipsen, que sobreviveu a uma queda no pelotão no último quilómetro e acabou por conquistar a segunda vitória no Tour depois de já ter sido o primeiro a chegar a Saint-Amand-Montrond, na 10.ª etapa.

Wout van Aert e Pascal Ackermann completaram o pódio, com Biniam Girmay a ser quarto e Tadej Pogačar a terminar em 9.º, mantendo a camisola amarela com um minuto e 16 segundos de diferença para Remco Evenepoel e um minuto e 14 segundos para Jonas Vingegaard. João Almeida cruzou a meta em 52.º e manteve o quarto lugar da classificação geral do Tour.