Quis o destino que a 48.ª edição da Copa América, a prova de seleções mais antiga do mundo, rumasse à América do Norte. Os Estados Unidos receberam, de novo, a competição, depois de o terem feito em 2016, na altura para comemorar o centenário. Há muito que a competição da América do Sul deixou de ser daquela região. A CONMEBOL procura juntar todo o continente americano e, na edição deste ano, contou com seis seleções da CONCACAF.

A prova servia como evento-teste para o Campeonato do Mundo de 2026, que se realizará nos Estados Unidos, Canadá e México. Numa escala menor, com menos seleções, menos jogos e menos dias de competição, o resultado final não foi positivo e a organização acabou por “chumbar” no teste. Depois dos incidentes no Uruguai-Colômbia e das críticas de Marcelo Bielsa, selecionador do Uruguai, à organização, a final deste domingo ficou marcada por um atraso de mais de uma hora aquando do pontapé de saída.

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Tudo aconteceu depois de vários adeptos, a grande maioria colombianos, tentarem entrar no Hard Rock Stadium, em Miami, sem bilhete. A polícia e a segurança do estádio tratou de impedir a sua entrada, fechando as portas de acesso ao recinto do jogo. Ainda assim, vários adeptos teimaram em entrar e saltaram as grades de segurança. Os primeiros conseguiram mesmo aceder ao estádio, mas assim que a organização emitiu o alerta, as autoridades de segurança travaram o acesso. Os incidentes acabaram por resultar em várias detenções.

Foi a mais de duas horas do início do jogo que a organização e as forças de segurança decidiram fechar as portas de acesso ao Hard Rock Stadium, interrompendo todo o processo de entrada dos adeptos. As portas tinham aberto cerca de uma hora antes, mas o grande número de adeptos com e sem bilhetes levou a um falha de segurança. Enquanto os seguranças detiam os adeptos e ajudavam a tratar os que sofreram ferimentos leves, na sua maioria provocados por desmaios, os adeptos começaram a acumular-se do lado de fora das grades levando ao caos.

A CONMEBOL não emitiu qualquer comunicado sobre o assunto, partilhando apenas a mensagem do adiamento do jogo nas redes sociais, acompanhada de um texto para os adeptos: “Informamos que as pessoas que não têm bilhetes não poderão entrar no estádio. Só aqueles que têm bilhetes podem entrar”, escreveu a confederação que tutela o futebol da América do Sul.

A informação do adiamento passou para os adeptos através dos ecrãs gigantes do estádio e a situação começou a normalizar-se com o passar dos minutos. Às 2h20 em Lisboa, com uma hora e 20 minutos de atraso, o jogo começou, terminando com o triunfo da Argentina no prolongamento (1-0).