O incêndio que deflagrou à tarde em Alcabideche, no concelho de Cascais, foi dado como dominado às 19h36, causou 14 feridos ligeiros, 11 bombeiros e três civis, indicou a Proteção Civil. As chamas causaram alguns danos num centro hípico da localidade da Charneca, tendo os bombeiros retirado todos os seus cavalos, 30 no total.
Apesar de todos os feridos terem sido transportados para o hospital, não inspiram cuidados, de acordo com Joaquim Santos, segundo comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa, citado pela Lusa.
Nenhuma habitação nas redondezas foi afetada pelo fogo, que deflagrou às 12h19 na localidade de Janes, na freguesia de Alcabideche, consumindo mato e floresta.
O incêndio chegou a ser combatido por mais de 300 bombeiros e 14 meios aéreos.
Às 17h30 o incêndio tinha, segundo a Lusa, uma frente ativa e estavam nas operações 374 bombeiros, 106 viaturas e 14 meios aéreos, segundo a Proteção Civil. “Uma das maiores dificuldades é o vento”, disse Joaquim Santos, citado pela agência Lusa. Não existiam, a essa hora, “estradas relevantes cortadas” (estradas nacionais e autoestrada), indicou o comando-geral da GNR.
De acordo com a mesma fonte, não havia casas em perigo e, por isso, não estavam a ser retiradas pessoas. À RTP, Joaquim Santos, 2.º comandante distrital da Proteção Civil, confirmou que “não existem habitações em risco” e, pelo menos até ao momento, “não houve necessidade de evacuações”. Isto apesar de as chamas estarem relativamente perto de habitações, incluindo uma onde está instalado um depósito de bilhas de gás.
O mesmo responsável manifestou confiança de que será possível “num curto espaço de tempo resolver” o incêndio. Foi este comandante que confirmou que há seis feridos entre os bombeiros, um que fraturou uma perna, outro que teve desconforto toráxico por inalação de fumo e mais quatro que tiveram sintomas de exaustão e também foram levados para receber cuidados médicos. Um veículo dos bombeiros ardeu.
Carlos Carreiras, presidente da câmara de Cascais, disse em entrevista à CNN Portugal que o fogo está em vias de ser dominado, apesar de o vento estar a complicar muito o combate ao incêndio. Carreiras confirmou que não tinha sido necessário proceder a evacuações.
“O fogo ainda não está controlado, mas está em vias de ficar controlado”, disse Carlos Carreiras. “A variável que não controlamos é o vento que muda de direção”, observou o autarca, acrescentando que, caso isso suceda, “os meios no terreno, quer a nível aéreo, quer a nível terrestre, quer a nível humano, são mais do que suficiente para o incêndio que neste momento está a ocorrer”, acrescentou o autarca.