Duas pessoas ficaram esta quarta-feira feridas com gravidade na sequência de uma explosão numa conduta de gás em Rio de Mouro, no concelho de Sintra, disse à Lusa fonte da Câmara Municipal.

A informação foi avançada pela SIC que deu conta de que na origem da explosão estaria uma fuga de gás e que o alerta foi dado às 15h24, segundo adiantou a Proteção Civil ao canal. A explosão foi confirmada ao Observador por fonte dos Bombeiros.

De acordo com fonte da Câmara Municipal de Sintra, os dois feridos graves, trabalhadores da empresa que fazia a reparação do gás, foram transportados para os hospitais de Santa Maria, em Lisboa, e para o de Cascais.

O adjunto de Comando dos Bombeiros de Algueirão Mem-Martins, Marco Cabo, referiu que se trata de dois homens de 60 e 35 anos e que ficaram com queimaduras em 90% do corpo. O operacional explicou que o homem de 60 anos foi transferido inicialmente para o Hospital de Cascais e, posteriormente, por via aérea para o Hospital de Coimbra. Já o ferido de 35 anos foi transferido para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

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De acordo com a autarquia, os trabalhos de limpeza ainda decorrem e poderão prolongar-se durante o dia de quinta-feira.

No local estiveram 44 operacionais acompanhados de 16 carros.

Moradores não podem pernoitar no edifício

Os moradores não podem pernoitar no edifício e terão de encontrar alternativa habitacional, disse à Lusa fonte da autarquia. “Não existem problemas a nível das estruturas nos prédios, mas o prédio onde ocorreu a explosão não reúne ainda condições de habitabilidade (janelas e portas)”, indicou fonte da Câmara Municipal de Sintra à agência Lusa, pelas 19h50.

A mesma fonte adiantou que, no prédio onde ocorreu a explosão, residem 30 pessoas e que a autarquia já disponibilizou realojamento a um casal, uma vez que não dispunha de outras alternativas de habitação.

Além deste casal, poderá ter de ser também realojada pela Câmara de Sintra mais uma família, com três filhos, acrescentou a mesma fonte, explicando que os restantes moradores manifestaram a intenção de recorrer a familiares.

Empresa distribuidora de gás refuta responsabilidades na explosão

A empresa que distribui o gás canalizado no imóvel em Rio de Mouro, no concelho de Sintra, onde ocorreu A explosão refuta responsabilidades no acidente, que provocou dois feridos graves.

Num comunicado, a DIGAL assume ser a “distribuidora de gás canalizado para o imóvel afetado pela ocorrência e responsável pela respetiva rede abastecedora”. No entanto, esclarece que “não houve qualquer intervenção, obra ou reparação, levada a efeito pela DIGAL ou a seu mando” na rede distribuidora de gás canalizado que abastece o imóvel, ou na área em que o mesmo se situa.

“No imóvel em causa, tanto quanto se conseguiu apurar preliminarmente, decorriam obras particulares, no âmbito das quais terá havido intervenção noutras redes de abastecimento, nomeadamente de água”, acrescenta a empresa. Segundo o comunicado, terá sido, “aparentemente, tal intervenção que, afetando a rede distribuidora de gás, esteve na origem da explosão ocorrida”.

A empresa frisa que “não teve, pois, qualquer ação que estivesse na origem da ocorrência” e afirmou que os seus técnicos foram ao local “apenas e só após” a explosão, tendo sido chamados “para neutralizar a fuga de gás”. No final, a DIGAL refere que o incidente “não teve origem na rede distribuidora de gás”.

Notícia atualizada às 18h38 do dia 24 de julho de 2023