A Oceano Fresco, startup da Nazaré que se dedica à produção sustentável de amêijoas e outros bivalves, fechou uma ronda de financiamento de 17 milhões de euros. A empresa diz, em comunicado divulgado esta quinta-feira, que o financiamento tem como objetivo “apoiar a expansão comercial e capacidade de produção”.

A ronda contou com um coinvestimento entre o Banco Português do Fomento (BPF), através de um fundo lançado no âmbito do PRR, e a Indico Capital Parterns, num montante total de 11,5 milhões de euros. “Do valor total, 8,05 milhões de euros são aportados diretamente pelo programa de coinvestimento Deal-by-Deal do Fundo de Capitalização e Resiliência e 3,45 milhões através do Indico Blue Fund, um fundo de capital de risco gerido pela Indico Capital Parterns — Sociedade de Capital de Risco”, detalha o BPF. No financiamento participaram também a BlueCrow e a Aqua-Spark, que anteriormente já tinham apoiado a startup portuguesa.

Bernardo Carvalho, CEO da Oceano Fresco, afirma que “ter parceiros conhecedores”, que partilhem os valores e a visão da empresa, é “tão importante como angariar dinheiro” e destaca o apoio dos investidores no “caminho” para a liderança mundial “na aquicultura regenerativa de bivalves”. 

Oceano Fresco

O CEO da Oceano Fresco (ao centro) com representantes do BPF e da Indico Capital Partners

Com clientes em Portugal e Espanha e a ambição de expandir para outros mercados europeus em breve (não especifica quais), a Oceano Fresco tem como objetivos para o futuro, de acordo com uma nota partilhada pelos investidores, “melhorar a produtividade, investindo em novas tecnologias e processos para aumentar a eficiência e reduzir custos, e expandir as operações, construindo novas instalações de cultivo, adquirindo equipamentos avançados e ampliando a área de operação em mar aberto”. Atualmente, a empresa conta com uma equipa de 42 trabalhadores, sendo que pretende contratar entre cinco e dez pessoas até ao final do ano.

A Oceano Fresco utiliza técnicas de aquicultura para cultivar espécies de “alta qualidade” de forma “sustentável e rastreável, com uma operação verticalmente integrada”, desde a reprodução em viveiro até ao desenvolvimento de amêijoas adultas em ambiente marinho. “As duas espécies nativas de amêijoa cultivadas — V. corrugata e R. decussatus — são inicialmente criadas na maternidade de última geração da empresa – o Centro Biomarinho Oceano Fresco na Nazaré, Portugal – antes de iniciarem o seu crescimento na primeira exploração de amêijoas em mar aberto do mundo, ao largo da costa de Lagos, no Algarve”, explica a startup.

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