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A Venezuela rompeu na terça-feira as relações diplomáticas com o Peru, depois de Lima ter reconhecido o candidato da oposição como “Presidente eleito”, numa reação que a Presidência peruana considerou já arbitrária.
“A Venezuela decidiu romper as relações diplomáticas com a República do Peru (…) na sequência das declarações desrespeitosas do ministro dos Negócios Estrangeiros que não tiveram em conta a vontade do povo venezuelano”, declarou o chefe da diplomacia do Governo de Nicolás Maduro, Yvan Gil, numa mensagem divulgada na rede social X.
#Anuncio El Gobierno de la República Bolivariana de Venezuela ha decidido romper relaciones diplomáticas con la República del Perú, sobre la base del Artículo 45 de la Convención de Viena sobre Relaciones Diplomáticas de 1961.
Nos vemos obligados a tomar esta decisión luego de…
— Yvan Gil (@yvangil) July 31, 2024
Para a Presidência do Peru “esta decisão só vem formalizar a arbitrária anterior decisão de pedir a saída dos funcionários diplomáticos e consulares peruanos e de vários outros países da região”.
“O Peru lamenta profundamente o sofrimento do povo irmão venezuelano e faz votos para que a democracia e a liberdade triunfem rapidamente na Venezuela”, indicou o Governo de Lima, numa mensagem também difundida na terça-feira na rede social X.
Ante la imposibilidad de demostrar fehacientemente su atribuido triunfo electoral, exhibiendo todas las actas con verificación internacional como solicitan los países y múltiples organismos internacionales, el régimen del señor Maduro anuncia el rompimiento de las relaciones…
— Presidencia del Perú ???????? (@presidenciaperu) July 31, 2024
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou oficialmente, na segunda-feira, como Presidente Nicolás Maduro, para o período 2025-2031.
De acordo com os dados oficiais do CNE, Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,2% dos votos, tendo obtido 5,15 milhões de votos.
O principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve pouco menos de 4,5 milhões de votos (44,2%), indicou o CNE.
A oposição venezuelana reivindica, contudo, a vitória nas eleições presidenciais, com 70% dos votos para Gonzalez Urrutia, afirmou a líder opositora María Corina Machado, recusando-se a reconhecer os resultados proclamados pelo CNE.