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A Venezuela rompeu na terça-feira as relações diplomáticas com o Peru, depois de Lima ter reconhecido o candidato da oposição como “Presidente eleito”, numa reação que a Presidência peruana considerou já arbitrária.

“A Venezuela decidiu romper as relações diplomáticas com a República do Peru (…) na sequência das declarações desrespeitosas do ministro dos Negócios Estrangeiros que não tiveram em conta a vontade do povo venezuelano”, declarou o chefe da diplomacia do Governo de Nicolás Maduro, Yvan Gil, numa mensagem divulgada na rede social X.

Para a Presidência do Peru “esta decisão só vem formalizar a arbitrária anterior decisão de pedir a saída dos funcionários diplomáticos e consulares peruanos e de vários outros países da região”.

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“O Peru lamenta profundamente o sofrimento do povo irmão venezuelano e faz votos para que a democracia e a liberdade triunfem rapidamente na Venezuela”, indicou o Governo de Lima, numa mensagem também difundida na terça-feira na rede social X.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou oficialmente, na segunda-feira, como Presidente Nicolás Maduro, para o período 2025-2031.

Proclamado oficialmente Presidente, Maduro diz que Venezuela está a ser alvo de “tentativa de golpe de Estado fascista”

De acordo com os dados oficiais do CNE, Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,2% dos votos, tendo obtido 5,15 milhões de votos.

O principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve pouco menos de 4,5 milhões de votos (44,2%), indicou o CNE.

A oposição venezuelana reivindica, contudo, a vitória nas eleições presidenciais, com 70% dos votos para Gonzalez Urrutia, afirmou a líder opositora María Corina Machado, recusando-se a reconhecer os resultados proclamados pelo CNE.