O presidente do Benfica, Rui Costa, disse esta sexta-feira que a transferência do futebolista João Neves para o Paris Saint-Germain está “praticamente feita”, faltando apenas aspetos burocráticos, e referiu que compreende a amargura dos sócios.

“A concretizar-se a saída do João, que está praticamente feita, mas ainda há coisas burocráticas a serem resolvidas, compreendo as críticas porque a amargura deles é a mesma que a minha. A saída do João não agrada a nenhum sócio. Eu, como sócio e presidente, agrada-me ainda menos”, disse Rui Costa à chegada ao Estádio Algarve, antes do particular frente ao Fulham.

O presidente dos encarnados procurou justificar a possível transferência, referindo que procura as melhores soluções para o clube. “Tenho que formar plantéis. Quando se perde um jogador desta qualidade, da casa, do carisma do Joãozinho… não são só os sócios que ficam tristes. Conheço-o desde os 10 anos. As pessoas têm que compreender que procurámos em conjunto as melhores soluções para os dois lados. Adiámos muito esta transferência. Rejeitámos as primeiras propostas de forma clara, mas chegámos a determinados números, quer para o clube quer para o jogador, que tornam inevitáveis esta transferências”, referiu.

Reforçando a sua argumentação, Rui Costa considera que verbas de 70 milhões de euros “não são possíveis de abdicar” pelo clube e lembra que “quem paga este valor também se percebe quanto paga a um atleta”, o que faz com que seja “muito difícil abdicar destas verbas”.

De resto, o presidente dos encarnados acredita que João Neves irá explicar isso mesmo na altura certa: “É triste ver partir os melhores jogadores, mas é uma discussão que temos há 30 anos. Toda a gente aceita que Portugal é um país vendedor, mas quando se faz uma venda dói a todos. Não há nenhuma transferência que seja feita sem a vontade das duas partes“.

O Benfica defronta a equipa inglesa do Fulham, treinada pelo português Marco Silva, no estádio do Algarve, em jogo de preparação para a época 2024/25.

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