Nuno Melo referiu os edifícios e espaços históricos como a messe militar de Lisboa, no Campo de Santa Clara, e as OGFE, afirmando que é património que está degradado e será recuperado e reconvertido “para dar condições de alojamento a custos racionais” aos militares.
Sem apontar para já datas ou valores concretos do projeto — contemplando maioritariamente tipologias 1 e 2 – o governante disse que esses dados serão conhecidos “a muito curto prazo”, acrescentando que também na cidade do Porto haverá oferta de habitação para militares no mesmo modelo.
“Serão sempre muitos milhões, mas nós estamos a falar sempre numa perspetiva de investimento”, disse o ministro, assegurando que a propriedade daqueles espaços ficará na esfera das Forças Armadas e, em particular, nos dois casos que referiu, no Exército.
“Quando falamos da messe de Lisboa, nós estamos a falar num edifício histórico extraordinário, com frescos e pinturas notáveis que estão em perigo pelo estado decrépito dos telhados, de madeiras e de caixilharias, ou seja, que impõem uma intervenção urgente”, frisou.
Os projetos para a recuperação e reconversão de edifícios militares em habitação visam beneficiar militares, e suas famílias, que desempenham ou venham a desempenhar funções nos grandes centros, como Lisboa e Porto, onde “é muito caro” conseguir arrendar uma casa.
Entrevistado no seu gabinete, no edifício do Ministério da Defesa, ao Restelo, em Lisboa, Nuno Melo considerou que o aumento do suplemento de residência, aprovado recentemente em Conselho de Ministros, já foi um “passo relevante na ajuda aos militares” nesta área da habitação, mas “não invalida um problema estrutural”.
“Esperamos nós, e agora se verá nessa avaliação futura, ajudar a combater os problemas de recrutamento e de retenção” de militares nas Forças Armadas, disse.