Quatro tertúlias com ateliês da arquitetura nacional emergentes também estão previstas na programação, de entrada livre, no Palácio Sinel de Cordes, sede da Trienal de Arquitetura.

A 10 de setembro é inaugurada a exposição “Habitar Siza: a arquitetura por quem lá mora”, que analisa o modo como as pessoas que habitam espaços desenhados pelo arquiteto Álvaro Siza experienciam e interagem com a disposição espacial dos seus apartamentos, segundo a nova temporada a que a Lusa teve acesso.

Segundo a Trienal, a mostra tem como objetivo “preencher a lacuna de investigação existente sobre a obra de Siza, numa quase ausência de estudos sobre a receção e apropriação da sua arquitetura por quem lá mora”, as micro-tecnologias da casa, os espaços públicos dos edifícios e o seu estatuto de atração turística.

A exposição assenta em três casos a partir de uma área etnográfica: o Bairro da Bouça, no Porto, a Malagueira, em Évora, e os Terraços de Bragança, em Lisboa, onde vivem populações muito distintas.

“Ao comer, digerimos territórios: Foodscapes”, a exposição que representou Espanha na última Bienal de Arquitectura de Veneza, em 2023, tem inauguração marcada para 14 de setembro e estará patente no polo cultural da Trienal até 15 de dezembro.

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A exposição foca o contexto agro-arquitetónico espanhol a partir de uma série de vídeos documentais que mostram o que se esconde por trás dos alimentos, em plena crise energética, segundo a temporada.

Com curadoria de Eduardo Castillo-Vinuesa e Manuel Ocaña, “Foodscapes” estuda a forma como a comida é produzida, distribuída e consumida e “olha para o futuro para explorar outros modelos possíveis, capazes de alimentar o mundo sem devorar o planeta”.

Inserida na Mostra de Espanha em Portugal, a exposição encerra a programação de artes visuais da Trienal em 2024, que arrancou em janeiro com “Fertile Futures”, a representação portuguesa na mesma Bienal de Arquitectura de Veneza.

Antes, o polo l da Trienal abre portas a 30 de agosto, com uma sessão da 16.ª edição do festival internacional de videoarte FUSO, pelo 3.º ano consecutivo a transformar o pátio da entidade numa sala de cinema ao ar livre.

Nessa noite de sexta-feira, a sessão “A Mera Possibilidade de um Futuro”, com curadoria da artista marroquina Laila Hida, apresentará cinco curtas-metragens.

Na semana seguinte, a 05 e 06 de setembro, decorrerá uma cantata-performance eletrónica para um ensemble feminino de 12 vozes a interagir com as centenárias árvores do pátio do edifício, no âmbito do Festival Operafest, intitulado “Tormento”, num espetáculo concebido pelo artista Gustavo Sumpta.

O ciclo de tertúlias “Conversas et al” irá realizar quatro conversas entre o público e uma nova geração de talentos portugueses que fundaram ateliês de arquitetura em diferentes territórios do país: Porto, São Miguel, Coimbra e Lisboa.

Os encontros, sobre processos criativos, têm lugar quinzenalmente às quintas-feiras, pelas 18:30. A 19 de setembro, está previsto o atelier merooficina, seguido pelo Mezzo Atelier, a 03 de outubro, o Branco del Rio, a 17 de outubro, e o KWY, a 31 de outubro.