O navio de investigação “Mário Ruivo”, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), está a efetuar a primeira missão oceanográfica dedicada às Áreas Marinhas Protegidas Oceânicas na sub-região marinha da Madeira, foi esta terça-feira anunciado.

A missão, anunciada esta terça-feira pelo IPMA em comunicado, desenvolve-se nomeadamente no Complexo Geológico Madeira-Tore (CMT), “visando a efetivação da Rede Nacional de Áreas Marinhas Protegidas, num projeto financiado pelo Fundo Azul em cerca de 2,5 milhões de euros e conta ainda com a participação da Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM)”.

“Esta campanha de investigação multidisciplinar é determinante para a recolha de informação necessária à caracterização da biodiversidade e habitats nos montes submarinos do Complexo Geológico Madeira-Tore (CMT) e dos montes submarinos adjacentes, nomeadamente Ampère e Coral Patch, bem como no monte Gorringe”, sublinha o IPMA.

A missão pretende identificar “novas áreas de elevado interesse para a conservação da biodiversidade na região e constituir a base científica de suporte ao planeamento e à gestão das atuais e futuras áreas classificadas”.

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Considerando o compromisso internacional de Portugal de estabelecer até 2030 uma Rede Nacional de Áreas Marinhas Protegidas que representem 30% do espaço marítimo nacional, a campanha “AMP Oceânicas” é “um importante passo reiterando o empenho nacional”.

Após escala no Funchal esta terça-feira, a primeira fase da missão do navio oceanográfico terminará em 11 de agosto em Lisboa, estando previsto que a segunda etapa decorra no primeiro semestre de 2025, em função das condições meteo-oceanográficas.

O IPMA realça ainda que, pela primeira vez, colaboram na missão investigadores de todos os Laboratórios Associados da Área do Mar, nomeadamente o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade de Porto (CIIMAR), o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro (CESAM), o Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve (CCMAR) e o Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), com oito polos de ensino superior (Coimbra, Leiria, Lisboa, Évora e Madeira).

Colaboram ainda neste projeto a Direção Regional da Política do Mar da Madeira e a ARDITI – Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação da Madeira.