Está na estrada mais uma edição do Campeonato Nacional. 96 dias depois de conquistar o 20.º título do seu palmarés, quis o destino — ou a calendarização da Liga Portugal, dirão os menos céticos — que o campeão Sporting inaugurasse a 91.ª edição da principal Liga do futebol português. Pela frente esteve o Rio Ave, equipa que pautou pela regularidade na época transata e foi uma das cinco equipas que conseguiu parar os leões.

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Olhando para o contexto atual, a equipa treinada por Rúben Amorim manteve, durante o defeso, grande parte da base do onze inicial da temporada passada. Para além disso, os principais ativos continuam no plantel, com Gyökeres à cabeça. Contudo, saíram quatro elementos fundamentais na liderança do balneário — Adán, Coates, Neto e Paulinho — e a perda desses jogadores revelou-se importante para o desfecho do primeiro troféu da época, a Supertaça, com os reforços Kovacevic e Debast a continuarem à procura de se adaptar à equipa (3-4).

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Ficha de jogo

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Sporting-Rio Ave, 3-1

1.ª jornada da Primeira Liga

Estádio de Alvalade, em Lisboa

Árbitro: João Gonçalves (AF Porto)

Sporting: Vladan Kovacevic; Eduardo Quaresma, Ousmane Diomande, Gonçalo Inácio; Geovany Quenda (Daniel Bragança, 76′), Hidemasa Morita (Rodrigo Ribeiro, 89′), Morten Hjulmand, Geny Catamo (Matheus Reis, 75′); Francisco Trincão (Marcus Edwards, 76′), Pedro Gonçalves (Mateus Fernandes, 65′) e Viktor Gyökeres

Suplentes não utilizados: Franco Israel; Zeno Debast, Iván Fresneda e Ricardo Esgaio

Treinador: Rúben Amorim

Rio Ave: Jhonatan Luiz; Miguel Nóbrega, Aderllan Santos (Patrick William, 65′), Renato Pantalon; Ole Pohlmann (Vítor Gomes, 82′), João Novais, Amine Oudrhiri (Brandon Aguilera, 77′), João Graça (Kiko Bondoso, 65′); Tiago Morais (João Tomé, 46′), Clayton Silva e Marious Vrousai

Suplentes não utilizados: Cezary Miszta; Fábio Ronaldo, Karem Zoabi e Amine Rehmi

Treinador: Luís Freire

Golos: Pedro Gonçalves (6′, 27′), Gyökeres (63′) e Clayton Silva (90′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Aderllan (35′), Clayton (48′), Pedro Gonçalves (51′) e Geny Catamo (69′)

“Foi uma semana difícil, um sentimento de uma equipa cada vez maior. Uma equipa que sente cada vez mais as derrotas, um jogo que esteve na mão. Eu não posso falar muito com os jogadores, porque uma equipa que está a ganhar 3-0… o grande responsável é o treinador, que tinha de fazer alguma coisa. Queremos muito ganhar este jogo, por todas as condicionantes que aconteceram na Supertaça. Estou aqui com umas preocupações completamente diferentes do que se tivéssemos vencido a Supertaça”, assumiu Rúben Amorim na antevisão da partida.

Quanto ao vilacondenses, que continuam a ser comandados por Luís Freire e terminaram o último Campeonato como a equipa com o maior número de empates (19), são 17(!) as caras novas para a temporada 2024/25, com destaque para o regresso de João Novais e a chegada de Ole Pohlmann, proveniente do B. Dortmund. Determinado a manter a base da temporada passada, Freire tem agora uma equipa com maior capacidade de ter bola e com mais soluções.

Assim, e depois da polémica que envolveu Nuno Santos durante a semana — o português partiu um vidro em Aveiro e atingiu uma jovem que teve de ser suturada —, Amorim continuou sem o ala e St. Juste, ambos lesionados, mas por outro lado voltou a contar com Matheus Reis. Foi precisamente na defesa que Amorim fez a única mexida, colocando Diomande no lugar de Debast. E a alteração acabou por não ter efeitos práticos no desenrolar da primeira parte, já que a formação vilacondense pouco atacou.

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Com quase 30ºC, o Sporting não fez por menos e entrou com tudo na partida, instalando-se no meio-campo adversário e aproveitando a velocidade de Gyökeres para desfeitear a defesa do Rio Ave. Num desses lances, o sueco ganhou as costas aos centrais, isolou-se e, já dentro da área, tocou para o lado para Pote fazer o golo (6′). Pouco depois, de bola parada, Morita podia ter aumentado a contagem, mas Jhonatan saiu bem da baliza e impediu o golo (21′). Contudo, ainda na primeira meia-hora, o guarda-redes brasileiro borrou a pintura, colocou as bolas nos pés de Pote que, com um remate cruzado em chapéu, chegou ao bis (26′). Apesar do domínio incontestável, a vantagem de dois golos não sofreu mais alterações.

Na etapa complementar, Luís Freire estabilizou a equipa ao intervalo, colocando João Tomé no lugar de Tiago Morais. Apesar de apresentar uma circulação de bola bem mais lenta, a equipa de Rúben Amorim continuou a criar perigo e, logo no primeiro minuto, Gyökeres acertou em cheio na trave quando tentou um cruzamento (46′). A ameaça estava feita e, depois de Trincão atirar à entrada da área, o sueco aproveitou uma carambola e uma má leitura de Jhonatan para juntar o seu nome à lista de marcadores (63′).

À entrada para o último quarto de hora do encontro, o avançado combinou com Trincão, isolou-se, mas o guarda-redes brasileiro levou a melhor nessa ocasião, impedindo o golo com uma boa defesa (73′). A fechar, já com a vitória consumada e o jogo do bancos a tomar conta da partida, Daniel Bragança atirou com perigo à entrada da área, mas a bola saiu ligeiramente por cima (89′). Na jogada seguinte, Clayton recebeu de Vítor Gomes, entrou na área, driblou Diomande e atirou com categoria para o 3-1 (90+2′). A fechar, Rodrigo Ribeiro ainda atirou ao poste. Com esta vitória, o Sporting começou o Campeonato da melhor forma.