Foi um Rúben Amorim bem-disposto e sorridente que compareceu esta sexta-feira à noite na sala de imprensa do Estádio José de Alvalade. Não era para menos. O Sporting respondeu da melhor forma à derrota ante o FC Porto na Supertaça e venceu o Rio Ave numa exibição dominadora e de encher o olho (3-1). O único ponto negativo foi o golo sofrido no fim, num lance em que a defesa voltou a deixar a desejar.

A dupla do costume voltou numa noite quente de agosto e saciou-se num Rio fragilizado (a crónica do Sporting-Rio Ave)

“[Queríamos] acima de tudo vencer, isso era o importante, e vencer com justiça. Foi claro que fomos a melhor equipa, o resultado tinha de ser outro e não podemos sofrer um golo no fim do jogo. Ganhámos, sim, mas fica uma sensação que podemos fazer mais e melhor e é o que vamos tentar fazer. A consistência defensiva está lá porque não houve oportunidades do adversário. Nem deixámos o Rio Ave chegar ao último terço e sofremos um golo na última jogada. Os jogadores estão de parabéns pela resposta, foi uma semana difícil, mas podemos fazer melhor, podemos marcar mais golos e evitar estes golos [sofridos]”, começou por partilhar o treinador, ainda na flash-interview da SportTV.

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Quanto ao grande objetivo da temporada, voltar a conquistar o Campeonato, o timoneiro mantém a cabeça nos objetivos a curto prazo. “Temos de pensar jogo a jogo. O objetivo é claro, ser bicampeão. É um grande objetivo, não podemos afastar da nossa cabeça todos os dias. Temos é de ganhar ao Nacional e, se ganharmos, ninguém nos ultrapassa”, sublinhou.

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Um pouco mais tarde e já na sala de imprensa, Amorim foi questionado sobre um dos assuntos do momento no universo verde e brancas: a contratação de um avançado, que deverá ser o grego Ioannidis. Com um sorriso aberto e gargalhadas à mistura, o técnico de 39 anos partilhou que “investimento é com o Viana [Hugo, o diretor desportivo]”. “Estou completamente fora dessa situação. Estamos à procura de alguém muito específico para o ataque. Basicamente é só um neste momento (risos). A parte financeira ultrapassa-me completamente. Só tenho de treinar a equipa”, deixou no ar Rúben Amorim.

Por fim, o treinador abordou a questão da linha defensiva, que apresenta mudanças significativa face à época passada, desde logo pela saída do capitão Coates. Ao todo, nos primeiros dois jogos da temporada, Amorim já utilizou no onze os quatro centrais disponíveis — Debast, Diomande, Inácio e Quaresma —, saltando à vista as fragilidades que são um problema nesta altura da temporada: a equipa sofreu cinco golos nesses dois jogos.

“Tem caraterísticas diferentes, mas não há ninguém como o Coates em Portugal para o jogo aéreo. Temos de fazer adaptações às vezes. Crescemos para a frente em vez de ser para trás. O Inácio é muito bom de cabeça, mas para jogar no meio, o Ousmane também. Em termos de liderança vamos ter de esperar, não pode ser do dia para a noite. Debast pode ser titular como todos podem. Eles ganham o lugar. Jogou na Supertaça porque achei que naquela semana treinou melhor e porque achei que o estilo de avançados do FC Porto dava melhor para o Debast”, concluiu.