As autoridades ucranianas informaram esta segunda-feira que mais de 40 mil dos seus cidadãos regressaram ao país vindos da Rússia, ou de território ucraniano sob controlo de Moscovo, desde que a invasão começou, há mais de dois anos e meio.
O porta-voz do Serviço Estatal de Fronteiras, Andri Demchenko, explicou que as autoridades russas têm permitido o regresso de cidadãos ucranianos ao país quase diariamente, exceto em determinados períodos.
“Durante todo o período da lei marcial, mais de 40 mil cidadãos da Ucrânia regressaram da Rússia, e não apenas através do posto de controlo de Pokrovka, mas também através de outras áreas, como a Bielorrússia”, revelou Demchenko em declarações à televisão estatal ucraniana.
A principal via de entrada tem sido a localidade de Pokrovka, na província de Sumi.
“Registámos que a Rússia continua a permitir que os cidadãos ucranianos cheguem ao território do nosso Estado. E esse movimento ocorreu praticamente todos os dias. Houve períodos em que a Rússia impediu a passagem dos nossos cidadãos que escolheram esta direção para regressar à Ucrânia”, acrescentou Demchenko.
Desde abril de 2022, existe um corredor humanitário que liga a cidade russa de Kolotilovka, em Belgorod, à cidade ucraniana de Pokrovka, que é o único troço da fronteira comum que pode ser atravessado em plena guerra.
Nos últimos dias, Kiev alegou que Moscovo estava a impedir a passagem.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).