O suplemento extraordinário anunciado na Festa do Pontal pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, para as pensões até 1.527, 78 euros vai custar 400 milhões de euros e abranger 2,4 milhões de pessoas, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

“Neste momento, diria que a nossa estimativa, que precisa obviamente de um afinamento, rondará os dois milhões e 400 mil pessoas, poderá andar à volta dos 400 milhões de euros, talvez um pouco mais”, adiantou o ministro, em declarações transmitidas pela RTP3.

Paulo Rangel considera o suplemento uma “medida fundamental” e garante que permite equilibrar a “sensibilidade social” com a “responsabilidade orçamental”. “Não compreendo como há tanta gente, nomeadamente os partidos da oposição, que está incomodada”, afirmou.

O primeiro-ministro anunciou, na Festa do Pontal, o suplemento para as pensões mais baixas, que será pago de uma só vez em outubro. Segundo Luís Montenegro, o suplemento será de 200 euros para quem tem pensão até ao IAS (509,26 euros); entre 509,26 euros a 1.018,52 cêntimo será de 150 euros; e quem tiver uma pensão entre 1.018,62 euros e 1.527, 78 euros será de 100 euros.

A medida foi criticada pelas associações de pensionistas. “O que precisamos é de um aumento de pensões”, defendeu à Lusa Isabel Gomes, presidente da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos, que defende uma atualização de 7,5% sobre o valor de dezembro, num mínimo de 70 euros. Maria do Rosário Gama, da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados, também critica que se trate de uma medida “pontual”, não “estrutural”, e que só abranja algumas pensões.

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