A Organização Internacional para as Migrações (OIM) pediu esta quarta-feira 18,5 milhões de dólares (16,5 milhões de euros) para assistência médica na África Oriental e Austral para tentar conter o surto de mpox.
“Os fundos serão utilizados para serviços de saúde essenciais para migrantes, pessoas deslocadas internamente e comunidades de acolhimento em risco de infeção na África Oriental e Austral”, disse o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphen Dujarric, numa conferência de imprensa em Nova Iorque.
Anteriormente, a diretora-geral da OIM, Amy Pope, tinha manifestado a sua “grave preocupação” com a situação.
“A OIM apelou a uma ação rápida para proteger as pessoas em maior risco e para mitigar o impacto do surto, especialmente nos postos fronteiriços”, acrescentou Pope.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há mais de 15 mil casos suspeitos só na República Democrática do Congo, estando outros confirmados no Burundi, Quénia, Uganda e África do Sul.
De acordo com a OMS, o número total de mortos devido ao vírus ascende atualmente a 537.
O mpox tem vindo a afetar pessoas na África Oriental há mais de uma década, mas foi a rápida propagação da nova estirpe do vírus que levou a OMS a declarar emergência de saúde pública de âmbito internacional em 14 de agosto.
“A doença é transmitida dos animais para os seres humanos e é propagada pelo contacto próximo com pessoas ou animais infetados, através de gotículas respiratórias, sangue, fluidos corporais ou ferimentos”, afirmou a OIM.
Os sintomas incluem febre, erupção cutânea, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares e gânglios linfáticos inchados.