O Presidente brasileiro, Lula da Silva, nomeou esta quarta-feira ex-vice-ministro das Finanças Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central, após meses de críticas à atual administração relativamente às elevadas taxas de juro.

Gabriel Galípolo ocupa atualmente o cargo de diretor de política monetária do banco central e, se o Senado aprovar a sua nomeação, sucederá a Roberto Campos Neto, cujo mandato termina a 31 de dezembro.

Depois de o Banco Central ter decidido, em junho, não baixar a taxa de juro, Lula da Silva atacou o diretor da instituição monetária, Roberto Campos Neto, que acusou de ser um “adversário político e ideológico” e disse que “está chegando o momento de trocar” de líder do banco.

“O presidente do Banco Central é um adversário político, ideológico e adversário do modelo de governança que nós fazemos. Ele foi indicado pelo Governo anterior [de Jair Bolsonaro] e faz questão de dar demonstração de que não está preocupado com a nossa governança, ele está preocupado é com o que ele se comprometeu”, afirmou o chefe de Estado, à data.

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O Banco Central do Brasil manteve a taxa básica de juros em 10,50% ao ano, em linha com a decisão tomada na reunião de junho, quando interrompeu uma série de sete cortes consecutivos, apesar das críticas do Presidente brasileiro.

“O Presidente da República me incumbiu de fazer um comunicado aqui, de que hoje ele está encaminhando ao Senado Federal, ao presidente [Rodrigo] Pacheco e ao senador Vanderlan, presidente da CAE [Comissão de Assuntos Económicos], o indicado dele para a presidência do Banco Central, que vem a ser o Gabriel Galípolo, que hoje ocupa da diretoria de Política Monetária do banco”, anunciou hoje o ministro das Finanças, Fernando Haddad, citado pela Agência Brasil.

Ao lado de Hadadd, Gabriel Galípolo frisou ser “uma honra, prazer e responsabilidade imensa ser indicado ao Banco Central”.