A indústria de “chips” da China poderá enfrentar mais um golpe. O governo dos Países Baixos estará a planear impor limites ao negócio da fabricante de semicondutores neerlandesa ASML no mercado chinês, nomeadamente nos contratos de reparação e manutenção de equipamentos para o desenvolvimento de semicondutores.

Estes planos foram avançados à Bloomberg por pessoas próximas das conversações. A intenção do governo de Dick Schoof passará pela não renovação de algumas das licenças que a ASML tem para o mercado chinês, que deverão expirar no fim do ano.

Caso se confirme esse cenário, a alteração poderá afetar as máquinas topo de gama DUV, a litografia ultravioleta profunda que permite fabricar a base dos “chips”. Os equipamentos da ASML são considerados pela indústria como os mais avançados neste campo e têm sido utilizados por várias empresas chinesas, incluindo a Huawei, para desenvolver novos “chips”.

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À venda das máquinas está sempre associado um contrato de manutenção, para garantir o funcionamento correto dos equipamentos. Ora, se entrar em cena a limitação, que também prevê restrições à venda de peças extra para reparação, poderão surgir consequências para a indústria chinesa de “chips”. Esta é uma das áreas de negócio mais relevantes para a China, mas que continua à procura de estratégias para se recuperar das limitações impostas pelos EUA no âmbito da guerra comercial.

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A ASML e o Ministério dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos não teceram comentários sobre o assunto. Em 2023, a China era o segundo mercado mais importante para a ASML.

Em abril, a agência Reuters já tinha avançado que os EUA estavam a tentar pressionar os Países Baixos para impor restrições ao apoio técnico da ASML a empresas chinesas.