A um ano das decisões presidenciais, o tema começa a trazer algumas clarificações à direita, área política de Leonor Beleza — um nome que o próprio líder parlamentar do PSD lançou para essa eleição — que se retirou do quadro este sábado. No seu espaço de comentário na SIC, um dos sociais-democratas mais falados para uma candidatura presidencial, Luís Marques Mendes disse “respeitar” a decisão de Beleza, garantindo que diria o mesmo se a opção da social-democrata fosse outra. Já quanto ao que o condiciona nesta altura, Mendes fecha-se em copas.

Na última semana, ao chegar à Universidade do Verão do PSD, em Castelo de Vide, Mendes já tinha dito que está “mais próximo do que nunca” de uma decisão e na SIC, este domingo, acrescentou o que pesará na sua reflexão. “Isto para mim não é obsessão. É pensar se posso ser útil ao país ou não. É a única reflexão que conta”, afirmou quando confrontado com o tema e se um avanço de Passos Coelho condicionaria uma candidatura sua.

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Já quanto ao tema mais atual do Orçamento do Estado para 2025, Mendes viu “esperança na viabilização” nos discursos de rentrée dos dois principais líderes políticos, o líder do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o do líder do PS, Pedro Nuno Santos. “Há espírito de diálogo e abertura“, considerou o comentador social-democrata na análise às intervenções deste domingo: “Os dois líderes estão em sintonia“.

E isto porque no entender de Marques Mendes, os dois líderes “não escancaram portas, mas deixaram as portas abertas à negociação do Orçamento”. Em Pedro Nuno Santos detectou esse “sinal de disponibilidade” quando o líder do PS remeteu para depois do Orçamento do Estado os Estados gerais do PS — com que pretende construir uma alternativa programática (e que anunciou logo na noite da derrota eleitoral das legislativas). Em Montenegro viu clareza suficiente para ser “credível” a sua proposta de negociar e também leu um primeiro-ministro “suficientemente enigmático para pressionar negociações” com os socialistas.

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