O Ministério da Administração Interna (MAI) veio esta quarta-feira esclarecer que os oito computadores roubados na passada semana no assalto à Secretaria-Geral do MAI, em Lisboa, não tinham informação sensível e confidencial do Estado.

“Dos oito computadores furtados, só dois estavam a uso e os restantes eram computadores de reserva/substituição. Porém, em ambos os casos, seja nos computadores de reserva/substituição, seja no caso dos dois computadores que estavam a uso, não existiu, nem existe, qualquer risco de acesso a qualquer informação e ou documentos, confidenciais ou não”, lê-se num comunicado enviado às redações pelo ministério liderado por Margarida Blasco.

“Mais se esclarece que os computadores furtados eram meros terminais de acesso a informação sediada em servidor e, logo, não acessível apenas com o computador, sem acesso à mesma. Ainda, assim, estes computadores não estavam, nem estiveram, ligados, nem tem acesso, a informação classificada ou de relevância“, continua o mesmo texto.

Assalto à Secretaria-Geral do MAI. Como a PSP descobriu suspeito em 5 dias, a venda dos computadores roubados e o cadastro do detido

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Até então, o Ministério da Administração Interna ainda não se havia pronunciado sobre a investigação da PSP, tendo emitido apenas um comunicado no dia em que o Observador noticiou o assalto ao edifício na rua de São Mamede, em Lisboa, confirmando que tinham sido levados vários computadores. No comunicado desta quarta-feira, o MAI confirma a detenção do suspeito de intrusão e furto e desmente ainda a informação de que as câmaras de videovigilância da SGMAI estivessem avariadas ou desligadas.̂

“Contrariamente ao que vem sendo propalado, não corresponde à verdade que as câmaras de videovigilância, do edifício que sofreu a intrusão, estivessem avariadas ou desligadas, na altura da intrusão, já que estavam a funcionar normalmente e as imagens eram visíveis no respetivo posto de controlo”, avança o comunicado. “É, no entanto, verdade que havia uma falha na gravação de imagens que é uma coisa distinta do que vem sendo propalado por várias fontes não fidedignas, mas que não impediram a identificação do suspeito e a sua, agora, detenção”, rematam.

Em menos de uma semana, a PSP conseguiu encontrar o suspeito do assalto, que foi detido esta segunda-feira em Lisboa e começou a ser ouvido esta terça-feira por um juiz de instrução criminal, devendo ficar a conhecer em breve as medidas de coação. Trata-se de um homem de 39 anos com um longo cadastro, incluindo crimes praticados em França e há 20 anos.