O Instituto de Florestas e Conservação da Natureza da Madeira reabriu esta quarta-feira, de forma condicionada, alguns percursos pedestres na zona do Pico do Areeiro e do Pico Ruivo, após terem sido encerrados devido ao incêndio que atingiu a ilha.

A partir desta quarta-feira, a vereda do Areeiro, que faz a ligação ao Pico Ruivo, num trajeto de sete quilómetros, está transitável desde o Pico do Areeiro até ao Miradouro da Pedra Rija, numa extensão de 1,2 quilómetros, indicou o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), em comunicado.

A vereda da Ilha, no concelho de Santana, foi também parcialmente reaberta, entre a Casa de Abrigo do Pico Ruivo e a Ilha.

O IFCN refere ainda que, na vereda do Pico Ruivo, o percurso passa a estar transitável desde a Achada do Teixeira até à Casa de Abrigo do Pico Ruivo, numa extensão de 2,4 quilómetros.

O acesso até ao cume do Pico Ruivo mantém-se encerrado, sendo possível circular apenas até à Casa de Abrigo.

“O IFCN alerta para a importância de respeitar as barreiras e sinalizações instaladas nos referidos percursos, porque a instabilidade geológica que se verifica presentemente nos locais encerrados pode colocar em risco a própria vida de quem ultrapassar as barreiras, assim como daqueles que terão de prestar o socorro”, lê-se na nota.

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O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. No dia 26, ao fim de 13 dias, a Proteção Civil regional indicou que o fogo estava “totalmente extinto”.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida, embora as autoridades regionais tenham sinalizado 5.116.

Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa.

O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.

A investigação judicial apurou que o fogo foi causado pelo lançamento de foguetes, tendo já sido constituído um arguido.