A segunda jornada do Campeonato Nacional de andebol trouxe desde logo um Clássico — e também uma espécie de vingança. O FC Porto venceu o Benfica no Pavilhão da Luz (24-27) e respondeu à derrota sofrida em agosto nas meias-finais da Supertaça Kempa, troféu que os encarnados acabaram por perder na final contra o Sporting.

Antes do jogo, o treinador Jota González já tinha rejeitado qualquer tipo de favoritismo devido a esse resultado recente. “Eles têm sobretudo uma defesa muito boa, têm gente muito grande e muito forte na defesa. Têm muita potência no lançamento exterior, que são duas coisas que, contra nós e sobretudo na primeira parte do outro jogo, não funcionaram muito bem. Mas certamente que vão corrigir isso e tentar que nós não façamos transições rápidas, que a defesa esteja a um grande nível”, explicou o espanhol, que está a começar a segunda temporada no comando dos encarnados.

Do outro lado, foi o ponta Leonel Fernandes a fazer a antevisão. “A temporada não começou da maneira que pretendíamos, claramente, e há razões para isso. Uma das coisas que abordámos foram os problemas defensivos relacionados com a nossa postura, atitude, a comunicação entre jogadores. Já estivemos a corrigir. Temos de nos afirmar mais, mostrar que toda a gente é importante e que temos uma equipa coesa”, indicou um dos elementos mais importantes do conjunto de Magnus Andersson, que está de regresso aos dragões depois de ter sido tetracampeão nacional de 2018 a 2023.

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O FC Porto entrou muito bem na partida e marcou oito golos nos primeiros oito minutos, cavando desde logo uma vantagem importante. O Benfica não conseguiu reagir e correu sempre atrás do prejuízo ao longo de toda a primeira parte, falhando várias oportunidades na cara do guarda-redes Sebastian Abrahamsson, que se tornou uma das figuras do primeiro tempo. Ao intervalo, os dragões estavam a vencer os encarnados por seis golos de vantagem e pareciam muito melhor no jogo (12-18).

A segunda parte começou mais equilibrada, com as duas equipas a desperdiçarem vários lances de ataque de cada lado, mas permanecia a ideia de que o FC Porto estava mais eficaz — ou de que, pelo menos, Sebastian Abrahamsson estava a ter uma tarde mais feliz do que Kristóf Palasics. Jota González assumiu a respetiva quota-parte de risco e começou a abdicar do guarda-redes a atacar, colocando Bélone Moreira na posição de central.

A subida de rendimento de Alexis Borges fez-se sentir e o Benfica chegou a encurtar a desvantagem para três golos a meio da segunda parte, com Jota González a pedir um desconto de tempo nessa fase. Os dragões não voltaram a beneficiar da superioridade que tinham tido até então, mas os encarnados também não souberam inverter o resultado: o FC Porto venceu o Benfica na Luz (24-27), somando desde já o primeiro triunfo num Clássico à segunda jornada do Campeonato de andebol e vingando-se da derrota na Supertaça.