A justiça da União Europeia (UE) deu esta terça-feira definitivamente razão à Comissão Europeia determinando que a Apple tem de reembolsar 13 mil milhões de euros de benefícios fiscais ilegais à Irlanda.

Num acórdão divulgado esta terça-feira, o Tribunal de Justiça da UE anulou uma decisão anterior do Tribunal Geral europeu que dava razão à multinacional norte-americana num contencioso sobre ajudas de Estado.

Em causa está, segundo um comunicado, benefícios fiscais ilegais dados pela Irlanda à Apple entre 1991 e 2014, no valor estimado de 13 mil milhões de euros.

Comissão Europeia exige à Apple 13 mil milhões em impostos atrasados

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” O Tribunal de Justiça da UE faz o último juízo sobre esta questão e confirma a decisão da Comissão Europeia de 2016: a Irlanda concedeu ajudas ilegais que a Irlanda é obrigada a recuperar”, decidiu o tribunal.

No seu acórdão desta terça-feira, o Tribunal de Justiça, que foi chamado a pronunciar-se sobre um recurso interposto pela Comissão, anula o acórdão do Tribunal Geral e decide definitivamente o litígio que remonta a 2016.

A decisão dá força a Margrethe Vestager, a vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela pasta da Concorrência. Na rede social X, Vestager escreve que é “uma enorme vitória para os cidadãos europeus e para a justiça fiscal”.

A Apple reagiu à decisão através de uma curta nota. “A Comissão Europeia está a tentar mudar retroativamente as regras e ignorar que, como é exigido pela lei fiscal internacional, o nosso rendimento já foi sujeito a impostos nos EUA.”

Também esta terça-feira, o Tribunal de Justiça da União Europeia negou à Google a possibilidade de recurso no âmbito de uma multa de 2,4 mil milhões de euros por abuso de posição dominante em vários países da UE.

Tribunal de Justiça da União Europeia nega recurso da Google e confirma multa de mais de 2 mil milhões de euros

(Atualizado com mais informação às 16h47)