O presidente da Iniciativa Liberal (IL) desafiou este sábado Pedro Nuno Santos a votar favoravelmente a proposta de descida do Imposto Sobre os Combustíveis (ISP), que o partido vai apresentar na discussão do Orçamento do Estado (OE) para 2025.

O desafio de Rui Rocha, feito em Braga, durante o discurso de rentrée do partido, surge após o secretário-geral socialista criticar a IL por se manter em silêncio face “aos três agravamentos fiscais no preço de combustível” decidido pelo atual Governo, o qual acusou de “baixar o IRS e pagar essa redução com o aumento do preço dos combustíveis”.

Sobre os combustíveis, Rui Rocha deixou um desafio a Pedro Nuno Santos: “Vamos, mais uma vez, apresentar uma proposta de descida do ISP no Orçamento que vai agora entrar em discussão. E o desafio que quero fazer a Pedro Nuno Santos, que está tão preocupado com os impostos sobre os combustíveis, é que, ao contrário do que o PS fez nos últimos anos, que, desta vez, vote a favor da proposta da Iniciativa Liberal”. Rui Rocha refutou a crítica do secretário-geral do PS, lembrando a governação socialista.

“Quero dizer duas ou três coisas a Pedro Nuno Santos. Em primeiro lugar, nós sabemos o que o PS fez em legislaturas passadas, em matéria de impostos, em matéria de combustíveis, nós sabemos, nós temos memória, eles podem querer que nós percamos a memória, mas não. Nós sabemos exatamente o que o PS fez neste país nos últimos oito anos”, declarou o presidente da IL.

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O líder dos liberais referiu ainda que “se mais ninguém se quiser dar ao trabalho de recordar ao PS as consequências da sua governação”, a IL estará na linha da frente “para recordar e para acusar [o PS] das consequências das suas políticas”.

Na sua intervenção de abertura da Comissão Nacional do PS, que decorre hoje em Coimbra, Pedro Nuno Santos afirmou que as atualizações da taxa de carbono “fazem com que a gasolina esteja hoje mais cara sete cêntimos e o gasóleo 7,5 cêntimos” do que estaria sem estes agravamentos fiscais.

O líder do PS disse ainda que estes agravamentos fiscais estão a ser feitos “ao mesmo tempo que há um alívio no IRS”, recordando que, quando os socialistas estavam no Governo e faziam os orçamentos, “toda a direita tentava explicar ao país” que estavam a dar “com uma mão e a tirar com duas”.

“Nós ainda não ouvimos ninguém, nomeadamente do Chega ou da Iniciativa Liberal, a dizer o mesmo sobre aquilo que este Governo está a fazer: a baixar o IRS e a apagar essa redução do IRS com aumento do preço dos combustíveis”, criticou Pedro Nuno Santos.