Findada mais uma pausa para os compromissos internacionais, a primeira desta temporada, a Premier League regressou no seu esplendor. No jogo de abertura da quarta jornada, o Manchester United deslocou-se até ao sul de Inglaterra, para medir forças com o Southampton, num encontro entre dois emblemas que lutam por objetivos distintos, mas estão numa situação com muitas semelhanças.

Depois de uma temporada que terminou com a conquista da Taça de Inglaterra, diante do rival Manchester City, os ânimos não serenaram no seio dos red devils e a contestação sobre Erik ten Hag voltou a fazer-se sentir neste início de temporada. As exibições estão longe de ser brilhantes, as movimentações na janela de transferências não satisfizeram os adeptos e, a juntar a tudo isso, o Manchester United venceu apenas um jogo em agosto, perdendo desde logo um troféu — a Supertaça.

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Contudo, nas antevisão a esta partida, o nome que fez correr mais tinta foi o de… Cristiano Ronaldo. Longe de Manchester, o internacional português mantém-se como uma das vozes mais críticas do clube e, no seu canal de YouTube, voltou a criticar o ex-treinador e perspetivou que os red devils não vão conquistar nenhum grande troféu. “Ele disse que o Manchester United não pode ganhar a Premier League, não disse que eu não conseguia ganhar a Premier. Ele está longe, na Arábia Saudita, longe de Manchester. Toda a gente pode ter uma opinião. Não há problema. Não me afeta, eu sei onde estamos e para onde vamos. Veremos onde estamos em maio do próximo ano”, respondeu o treinador neerlandês.

Para este encontro, Ten Hag voltou a mexer no onze inicial e acabou por remeter Casemiro para a condição de suplente, depois de o brasileiro ter comprometido na partida frente ao Liverpool. Ainda assim, o recém contratado Manuel Ugarte, que passou por Famalicão e Sporting, ficou no banco por ainda não estar totalmente apto. Diogo Dalot e Bruno Fernandes continuam de pedra e cal na formação de Manchester e reencontraram o compatriota Mateus Fernandes, que se estreou a titular na Premier League depois de ter sido contratado ao Sporting por 15 milhões de euros.

Como seria de esperar, o início do encontro não trouxe melhorias do Manchester United, que se apresentou em Southampton muito apagado no ataque e sem conseguir ligar o jogo. Em sentido inverso, os saints mantiveram a prestação apresentada nos jogos anteriores, assumiram o controlo das operações, criaram oportunidades, mas pecaram no momento da finalização, desperdiçando inclusivamente um penálti por Archer — Onana defendeu —, cometido por Dalot. Como quem não marca sofre, os red devils não precisaram de muito para faturar e, na sequência de um canto, Bruno Fernandes cruzou para De Ligt encostar para o golo, de cabeça (35′). O golo inaugural galvanizou a equipa forasteira que, depois de Ramsdale ter parado um remate de Rashford, voltou a marcar na sequência de uma bola parada, que terminou com o internacional inglês a marcar através de um remate cruzado (41′).

Na etapa complementar, Rashford a apresentar-se em grande plano e, em duas ocasiões, teve o bis nos pés, mas não superou Ramsdale (51′ e 60′). Já depois de Russell Martin ter feito alterações na sua equipa e de Ugarte se ter estreado, Jack Stephens acabou expulso por ter cometido uma falta muito dura sobre Garnacho, atingindo-o com os pitons na zona do joelho (79′). Até ao fim, Zirkzee ainda teve tempo de desperdiçar o terceiro golo (90+1′), que foi consumado por Garnacho, que correspondeu da melhor forma um cruzamento de Diogo Dalot (90+6′). Apesar de não ter convencido no primeiro tempo, embora tenha sido mais eficaz, o Manchester United regressou aos triunfos antes de defrontar o Barnsley, na Taça da Liga, na terça-feira (0-3).