O FC Porto vai apresentar-se restabelecido da recente derrota frente ao campeão e líder isolado Sporting no domingo, quando receber o lanterna-vermelha Farense, na quinta jornada da I Liga de futebol, garantiu este sábado o treinador Vítor Bruno.

“Fomentámos muito a regra de não entrar em agonia por mais de 24 horas. Eu acredito nos laços criados [no plantel] e só através dessa energia é que conseguimos construir o sucesso de uma organização”, direcionou o técnico, em conferência de imprensa.

A formação portista chegou à paragem do campeonato para as seleções nacionais no segundo lugar, com os mesmos nove pontos de Famalicão, Santa Clara e Vitória de Guimarães, todos a três do Sporting, após ter sofrido a primeira derrota da época em Alvalade (2-0).

“As primeiras 24 horas foram duras e, por momentos, agonizantes. Obviamente, nunca nos esquecemos disso nestas duas semanas, mas, a nível de trabalho diário, estivemos totalmente vinculados de uma forma enérgica e fiéis ao que temos construído”, assumiu.

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Os ‘dragões’ cederam 10 jogadores na pausa internacional, incluindo os reforços Samu Omorodion e Deniz Gül, além de terem visto o regressado Fábio Vieira integrar o boletim clínico, devido a problemas musculares na coxa direita, que “não serão preocupantes”.

“As ausências são o que são. Trata-se de um fator incontrolável e de certeza que será alvo de debate, porque estamos a falar de um ano ‘sui generis’ com Mundial de clubes e pausas de seleções. Alguns jogadores poderão acabar por fazer quase 100 jogos, algo que me parece absurdo e desprovido de qualquer nexo lógico”, reconheceu Vítor Bruno.

O treinador do FC Porto mostrou-se desconfiado do momento do Farense, única equipa ainda sem pontos na edição 2024/25 da I Liga e com o pior saldo negativo de golos – um marcado contra 10 sofridos -, pedindo uma equipa ‘azul e branca’ em alerta permanente.

“As equipas que têm poucos pontos são sempre imprevisíveis. Também já estive daquele lado e sei que, muitas vezes, os adversários agarram-se a tudo, unem-se e vão buscar crenças. Temos de identificar a melhor forma de atacar o Farense, que pode oferecer algumas dúvidas a nível estrutural. Precisamos de estar ligados e altamente vinculados com o desejo de vencer. Esse terá de ser o mote, esvaziando o balão inicial [de esperança] que o adversário possa trazer”, advertiu.

A receção aos algarvios coincidirá com o 100.º dia desde a apresentação de Vítor Bruno como sucessor de Sérgio Conceição, que coadjuvava há 12 anos e do qual foi adjunto no FC Porto nas últimas sete temporadas, mas entrou numa mediatizada e polémica rutura laboral.

“São 100 dias como treinador principal, mas cinco jogos. Do outro lado está alguém com quase 500. A nível de passado adquirido e experiência acumulada, o ‘mister’ José Mota está claramente à minha frente. Não direi o mesmo a nível de ambição, até porque ambos queremos vencer, mas o Farense parte a ganhar a partir do banco”, julgou.

O FC Porto, integrado no grupo dos segundos classificados, com nove pontos, recebe o Farense, 18.º e último, ainda a zero, no domingo, às 15:30, no Estádio do Dragão, no Porto, em encontro da quinta jornada da I Liga, sob arbitragem de Nuno Almeida, da associação do Algarve.

“O horário não mudou nada na nossa preparação e parece-me muito apelativo. O futebol tem de ser sempre um meio unificador do vínculo entre famílias. Cabe-nos fazer emergir aquela energia que queremos do Dragão para nos transportar para uma vitória clara, convincente e que tem obrigatoriamente de acontecer”, finalizou Vítor Bruno.