O PSG continua a dominar o Campeonato francês e, ao cabo de quatro jornadas, é líder isolado com 12 pontos, mais dois que os rivais Marselha e Mónaco. Na partida do fim de semana, que contou com os portugueses Nuno Mendes e João Neves em ação, o campeão voltou a triunfar (3-1), mesmo depois de ter começado em desvantagem. Esse golo do Brest teve a particularidade de ter nascido num penálti cometido pelo jovem lateral internacional português.

Um minuto chegou para apagar o susto: PSG derrota Brest com bis de Dembélé e é líder isolado em França

E foi precisamente esse o momento que gerou mais controvérsia no final da partida, apesar de Nuno Mendes ter respondido bem e realizado uma exibição segura. De acordo com o que o português partilhou na rede social Instagram, os minutos que se seguiram ao duelo do Parque dos Príncipes foram marcados por vários insultos racistas dirigidos a si. Numa das imagens vê-se um utilizador a apelidar Mendes de “preto filho da p***”, acrescentando: “A tua mãe é uma cadela preta”.

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O caso já motivou várias reações, a começar pelo clube do defesa. Em comunicado, o PSG expressou “todo o seu apoio a Nuno Mendes” e garantiu que “não tolera qualquer forma de racismo, antissemitismo ou qualquer outra forma de discriminação”. “Os insultos raciais dirigidos a Nuno Mendes são completamente inaceitáveis. Apoiamos fortemente o Nuno e todos os envolvidos, e estamos a trabalhar com as autoridades e associações relevantes para responsabilizar os responsáveis”, acrescentaram os parisienses.

A Ligue 1 também reagiu nas redes sociais, escrevendo que “não há espaço para o racismo”. Através do seu presidente, Fernando Gomes, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) sublinhou que “é lamentável que em pleno século XXI ainda tenhamos que lidar com tantos preconceitos e atitudes racistas”. A entidade que tutela o futebol em Portugal firmou o apoio ao internacional português ex-Sporting, afirmando que este “não está sozinho”. O Sindicato dos Jogadores, por via do presidente Joaquim Evangelista, também condenou o racismo, reiterando que “a discriminação racial continua a ser, infelizmente, um assunto bem presente na sociedade e no mundo do futebol”. Evangelista espera uma “ação firme por parte da Liga Francesa de Futebol”.