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O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou esta quarta-feira Israel de alargar o conflito na Faixa de Gaza a toda a região, numa fase em que as forças de Telavive dirigem o foco das suas operações para o Líbano.
Segundo um comunicado da presidência turca, Erdogan falou esta quarta-feira por telefone com o primeiro-ministro do Líbano, Nayib Mikati, a quem apresentou as suas condolências pelo sucedido nas últimas horas, referindo-se às vagas de explosões de dispositivos eletrónicos, que já provocaram cerca de 20 mortos e mais de três mil feridos.
“As tentativas de Israel de alargar os conflitos à região são extremamente perigosas“, declarou o Presidente turco, que indicou que “os esforços para travar a agressão israelita vão continuar“.
A conversa entre os dois líderes aconteceu no dia em que o Líbano registou uma segunda vaga de explosões de dispositivos eletrónicos, após a detonação de milhares de pagers terem provocado na terça-feira 12 mortos e cerca de 2.800 feridos.
Esta quarta-feira, foram relatadas explosões de walkie-talkies e também de painéis solares domésticos, num aparente ataque contra membros do Hezbollah.
Estes incidentes, nos subúrbios de Beirute e noutros pontos do país, já custaram a vida a pelo menos nove pessoas e ferimentos noutras 300, de acordo com o Ministério da Saúde libanês.
Também o primeiro-ministro israelita se referiu esta quarta-feira à fronteira com o Líbano, ao comprometer-se com o regresso de milhares de deslocados do país às suas casas.
“Já disse que devolveremos os residentes do norte [de Israel] em segurança às suas casas e é exatamente isso que faremos”, declarou Netanyahu numa breve mensagem de vídeo.
O Governo libanês e o Hezbollah acusaram Israel na terça-feira de estar por detrás das detonações, mas Telavive apenas comentou que acompanha a situação no país vizinho e não assumiu responsabilidade pelas explosões.
O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se de urgência na sexta-feira para debater a série de explosões de pagers e outros dispositivos no Líbano, anunciou esta quarta-feira presidência eslovena do organismo.