De acordo com informação divulgada pela Fundação José Saramago (FJS), que apoia esta iniciativa da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), as atividades vão decorrer a partir das 17:00 em sete zonas da cidade e são de entrada gratuita.
Tertúlias literárias, leituras de poesia, apresentações de livros, um clube de leitura, uma oficina e três concertos preenchem o programa desta noite, que encerra às 21:30, no Capitólio, com a estreia do espetáculo Jangada de Pedra, de Teresa Salgueiro, a partir de poemas de José Saramago, Sebastião da Gama, Antonio Gala e Antonio Machado, entre outros poetas.
O tema desta edição da Noite da Literatura Ibero-Americana parte de um verso da poetisa Sophia de Mello Breyner — “Emergimos da noite e do silêncio” — para propor uma reflexão sobre a liberdade, exílio e coexistência das línguas no território ibero-americano, mas também assinalar os 50 anos do 25 de Abril e os 75 anos da criação da OEI.
Além do auditório da FJS e do Capitólio, a Livraria Linha de Sombra (na Cinemateca Portuguesa), o Hotel Tivoli Avenida Liberdade, o Instituto Cervantes, o Instituto Camões e a Livraria Buchholz servirão de palco ao encontro que terá como participantes, entre outros, a poetisa galega Yolanda Castaño (Prémio Nacional de Poesia em Espanha no ano passado) e o escritor mexicano Jorge Volpi (Prémio Planeta-Casa de América em 2012 e Prémio Alfaguara em 2018).
Na FJS, o encontro começa com um debate sobre o tema “Assim consumi os meus dias longe da liberdade”, com José Manuel R. Barroso e Mário Máximo (Portugal), Carmen Yáñez (Chile) e Víctor Rojas (Colômbia).
Seguem-se, às 18:00, “Histórias da migração e o exílio na primeira pessoa”, com Mirta Roa (Paraguai), Viviana Cordero (Equador), Armando Romero (Colômbia) e Ana Paula Tavares (Angola).
Ao mesmo tempo, o Camões Instituto recebe Miren Agur Meabe (Espanha), João Fernando André (Angola) e Luis Filipe Sarmento (Portugal), para refletirem sobre a ideia “No centro da escrita está minha liberdade”, seguidos de Yolanda Castaño, Luís Filipe Castro Mendes e Adriana Hoyos (Colômbia), que vão explorar a ideia de viver “na rápida ortografia do poema”, a partir do poema de Nuno Júdice.
Entre as 18:00 e as 19:30, o Instituto Cervantes oferece um atelier de mediação de leitura com Elisabete Rosa-Machado, enquanto os escritores portugueses Afonso Cruz, Dinis H. Machado, Rita Tormenta e o mexicano Jorge Volpi se reúnem na livraria da Cinemateca, pelas 17:00, para uma conversa acompanhada musicalmente pelo saxofone de Edouard Rambourg (França) e a guitarra de Nuno Rocha (Portugal), a partir do tema “No filme da minha vida aconteceram muitas vidas”.
A Livraria Buchholz acolherá o Clube do livro Ibero-Americano, para o qual foram selecionadas obras de Armando Romero, Rui Zink, Carmen Yáñez, Dinis H. Machado, Afonso Cruz, Adriana Hoyos e Rita Tormenta.
O ‘lobby’ do Hotel Tivoli Avenida da Liberdade recebe, a partir das 19:30, o espetáculo de poesia e música “Contar histórias e outras histórias”, interpretado pela cantora lírica e declamadora Ana Celeste Ferreira.
A Noite Ibero-Americana, que tem curadoria de Lauren Mendinueta, é uma jornada festiva que serve para entender a pluralidade cultural como uma forma de estar na vida.