Custou, mas foi. Pela primeira vez esta temporada, o Benfica conseguiu vencer longe do Estádio da Luz: os encarnados ainda não tinham somado qualquer vitória fora de casa, em todas as competições, e o último triunfo fora de portas tinha sido já na reta final da época passada e contra o Farense.

Aktürkoğlu e um banho turco que é uma cortina de vapor (a crónica do Estrela Vermelha-Benfica)

Os três pontos apareceram contra o Estrela Vermelha, em Belgrado, e serviram para o Benfica entrar a ganhar no novo formato da Liga dos Campeões. Os encarnados nunca tinham começado a competição com uma vitória de casa, sendo que de forma global esta foi apenas a sexta vez em que conseguiram ganhar no arranque da prova. Em sentido oposto, os sérvios perderam em casa pela primeira vez em quase um ano, já que a última derrota tinha sido em dezembro de 2023 e contra o Manchester City, também na Liga dos Campeões.

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Bruno Lage demonstrou-se eufórico com a vitória, correndo em direção aos adeptos encarnados assim que soou o apito final, e manteve a toada positiva já na zona de entrevistas rápidas. “O mais importante é o Benfica, são três pontos muito importantes a iniciar este formato da Liga dos Campeões. E dar continuidade ao que fizemos no último jogo, uma vitória num campo muito difícil. Senti-me muito confiante. Quero agradecer aos adeptos. Os nossos 500 iam fazer-se ouvir e fizeram-se ouvir, apoiaram a equipa quando importava. A responsabilidade está do nosso lado, em fazer boas exibições, e foi o que a equipa fez em campo”, começou por dizer o treinador encarnado.

“Estamos a fazer um trabalho… Não há mesmo tempo a perder. Com esta sequência de jogos e um tempo tão limitado para treinar temos de ter um plano A e depois soluções. Fomos condicionados pela lesão, tentámos prolongar para fechar o jogo. Foi com a troca dos alas e depois outras posições. Quando temos de jogar, jogamos como equipa. Quando temos de sofrer e fechar com os três pontos para nós é o que temos de fazer”, acrescentou, garantindo ainda não ter “nenhuma informação” sobre a gravidade da lesão de Alexander Bah.

Já Di María, que foi considerado o melhor jogador em campo, explicou que a equipa tinha noção de que o jogo seria difícil. “Mas creio que fizemos um grande jogo, preparámos muito bem este jogo e sabíamos que poderíamos sofrer em algum momento. Sofremos perto do final, mas estivemos juntos, mais juntos do que nunca, e resultou. O importante é a equipa e as pessoas que viajaram até aqui para nos apoiarem, estarem connosco desta maneira. Espero que se mantenha assim até ao final do ano”, começou por dizer o avançado argentino, abordando depois as possíveis mudanças com a chegada de Bruno Lage.

“Estamos a trabalhar como antes, a dar tudo. Penso que antes rematávamos e a bola não entrava e agora entra de qualquer maneira. Acho que é essa a diferença. Mas começámos bem com o treinador, fizemos dois bons jogos e oxalá as coisas se mantenham assim. Lamentavelmente, sofremos dois golos e não queríamos”, acrescentou, lamentando ainda o fogo de artifício que surgiu na última noite junto ao hotel onde o Benfica esteve hospedado.