CUm jovem de 22 anos foi detido pela Diretoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de ter violado uma rapariga de 16 anos, em Coimbra, informou esta sexta-feira aquela entidade de investigação criminal.

Em declarações à agência Lusa, fonte da PJ explicou que o suspeito do crime de violação, de nacionalidade estrangeira, foi detido na noite de quarta-feira na sequência de uma investigação sobre factos que terão ocorrido no passado mês de fevereiro.

De acordo com a mesma fonte, os dois jovens ter-se-ão conhecido, num encontro ocasional, no início do ano, na baixa de Coimbra e, a partir daí, mantiveram contacto através das redes sociais.

Em início de fevereiro, o agora arguido, através das mesmas redes sociais, convidou a menor para um encontro “para saírem juntos” ao que a rapariga, da mesma nacionalidade do alegado agressor, acedeu.

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“Foi buscá-la na sua viatura e, enquanto circulavam, ele deu-lhe uma substância para fumar, começando a vítima a ficar tonta e, depois, com perda de consciência. O arguido conduziu-a para uma zona de floresta, nas imediações de Coimbra e consumou a violação”, vincou a fonte da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária.

Os factos aconteceram ao final da tarde e “quando a vítima recuperou a memória, percebeu o que tinha acontecido e que estava num local isolado. Com receio, manteve-se em silêncio”, tendo o suspeito levado a rapariga de volta à casa onde a tinha ido buscar.

A menor “por temer a reação dos familiares” não contou o que tinha acontecido, “entrou em depressão, e, passado algum tempo, com pensamentos suicidas, ingeriu uma grande quantidade de comprimidos”, situação que levou a que fosse internada no Hospital Pediátrico de Coimbra, indicou a fonte da PJ.

No hospital, a jovem acabou por revelar o que tinha acontecido no encontro com o agressor em fevereiro, tendo uma fonte da unidade de saúde denunciado a situação à Polícia Judiciária, que iniciou a investigação.

A vítima é estudante e, na altura dos factos, estava em Portugal há pouco tempo, “ainda em fase de adaptação a um país novo e a uma nova realidade. Ficou naturalmente traumatizada, quando isto aconteceu calou-se, com medo de contar aos familiares e entrou num quadro depressivo”, enfatizou a fonte da Diretoria do Centro da PJ.

Já o detido, com 22 anos e sem antecedentes criminais, não tem ocupação profissional.

O alegado agressor foi presente a tribunal na manhã de hoje e vai ficar a aguardar julgamento em liberdade, com apresentações duas vezes por semana às autoridades, proibição de contactar a vítima e de se ausentar do país.