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O presidente do Chega, André Ventura, anunciou esta segunda-feira que o partido decidiu convocar, com caráter de urgência, um debate sobre os incêndios, na Assembleia da República, com a presença da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco. André Ventura admite que o partido pode vir a pedir à ministra “consequências” decorrentes da gestão dos incêndios feita pelo Governo e defende a demissão do responsável máximo da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

“Nesta fase de rescaldo político, o Chega decidiu chamar de urgência o Governo ao Parlamento, em relação à matéria dos incêndios. Será na quinta-feira, num grande debate com a presença do Governo e da senhora ministra da Administração Interna, sobre tudo o que correu mal em relação aos incêndios, sobre o que podemos fazer para prevenir que não voltem a acontecer desta forma e com as consequências que tiveram, e para exigir à senhora ministra consequências que podem decorre do debate“, disse André Ventura, em conferência de imprensa, na sede do partido, em Lisboa.

O presidente do Chega deu eco aos relatos de responsáveis locais que se terão queixado da indisponibilidade de Margarida Blasco para os ouvir. “São, em alguns casos, autarcas do PSD, que se queixaram da indisponibilidade da ministra para atender chamadas nos dias mais intensos do fogo. Isso, tendo sido negado pelo governo, tem de ser apurado se corresponde ou não à verdade”, realçou.

O líder do Chega defende também que, perante as falhas no comando do combate aos incêndios nas zonas centro e norte do país, Margarida Blasco deveria afastar o presidente da Proteção Civil. “Uma [consequência] parece decorrer já deste momento: a substituição do responsável máximo da Proteção Civil“, disse André Ventura, acrescentando que, segundo os relatos que existem, “houve falhas e bloqueios significativos”.

“Houve meios parados, como aconteceu em Vila Real, sem poderem ser utilizados em fogos que estavam a acontecer a quilómetros dali. Houve atrasos na coordenação da ajuda internacional e isso também é responsabilidade do governo”, realçou o presidente do Chega.

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