O festival MIL, que junta concertos e uma convenção dedicada indústria da música emergente, acontece entre esta terça-feira e a próxima sexta-feira em Lisboa com atuações de cerca de 50 artistas e mais de 70 atividades.

Durante o dia “será possível pensar/discutir e refletir” na Convenção, que acontece no Beato Innovation District, e à noite “ouvir/ver concertos e showcases em algumas das salas mais emblemáticas da noite lisboeta”, refere a organização em comunicado.

O cartaz musical inclui mais de 50 artistas a descobrir “enquanto é segredo”, que atuam em seis salas de espetáculos situadas entre o Cais do Sodré e Santos: Musicbox, Roterdão, Espaço Atmosferas (ETIC), Lounge, Titanic Sur Mer, B.Leza e LISA.

A lista de artistas portugueses confirmados para esta edição, a 8.ª, inclui A Sul, Agressive Girls, Capital da Bulgária, Cleidir e Zé Rasta, Humana Taranja, M?QUI??, Maria Reis, Nayr Faquirá, Fidju Kitxora, Yeri & Yeni.

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Os artistas dos países de língua portuguesa têm, “como habitualmente, forte presença”, destacando a organização Irmãs de Pau, Rachel Reis, Luana Flores, Papisa, Cabezadenego, Kyan e o produtor e DJ MU540.

De Espanha, França e da Bélgica chegam ao MIL artistas e bandas como Sami Galbi, Deep Tan, Vatocholo, Ada Oda, Sistema Entretenimiento, David Numwami, Alexi Shell, Dianka e Retro Cassetta.

O programa da convenção inclui mais de 70 atividades, entre workshops, entrevistas, debates e fóruns, “organizados em torno de três grandes eixos: Indústria da Música, Economia Noturna e Cultura e Política“.

De acordo com Marta Gamito, da coordenação da Convenção, este é “um espaço de encontro, partilha e formação, aberto a ‘todes’ os profissionais e aspirantes a profissionais do setor da cultura e da música — incluindo artistas, produtores, realizadores, jornalistas, investigadores e estudantes”.

“Um dos destaques deste ano será a discussão sobre a ‘Indústria da Nostalgia’ e o impacto que está a ter nos festivais, bem como na forma como estamos a ouvir e a criar música”, referiu, numa nota enviada à Lusa.

A inteligência artificial aplicada às artes, o mercado digital e a importância de gerir as cidades depois do anoitecer, o ‘clubbing’ e a pista de dança como espaços políticos e a urgência de reclamar a cidade para a cultura e para quem a cria são outros temas em discussão no MIL.

“Outro foco será a crítica cultural e a influência dos algoritmos na legitimação do valor cultural, além de debates e reflexões sobre envolvimento e participação comunitária, democracia cultural e decolonização no setor”, referiu ainda.

O passe do MIL tem um custo de 30 euros e o bilhete diário de 20 euros. O bilhete que dá também acesso à convenção tem um custo de 70 euros. O passe apenas para a convenção custa 30 euros, e tem desconto de 50% para estudantes.