Entre as eliminatórias de qualificação na Liga Europa e na Liga Conferência de Sp. Braga e V. Guimarães e as estreias de Sporting e Benfica na Liga dos Campeões, Portugal chegava a esta fase da época com um registo interessante de 12 vitórias e dois empates como há muito não se via em termos internacionais – com tudo o que isso confere depois em termos de pontos para o ranking a Portugal. Esta noite, na Noruega, surgiu a primeira derrota. A primeira derrota e logo no primeiro encontro do FC Porto na Liga Europa, prova onde os dragões são apontados à vitória final. Tudo acabou por contar, como reconheceu o próprio Vítor Bruno.
Samu a derreter gelo entre uma defesa a meter água (a crónica do Bodo/Glimt-FC Porto)
Vindo de um ciclo de duas vitórias no Campeonato depois do desaire em Alvalade, o FC Porto voltou a contar com mais um golo de Samu Omorodion (quarto em quatro jogos, três partidas consecutivas a marcar), teve uma estreia prometedora de Rodrigo Mora e viu Deniz Gül cumprir os primeiros minutos pelos dragões com um golo marcado. No entanto, isso não foi suficiente para evitar a terceira derrota na estreia europeia nos últimos cinco anos, naquele que foi o segundo desaire dos portistas na Noruega em cinco jogos e também o quarto encontro seguido sem triunfos dos azuis e brancos na Liga Europa. No final, Vítor Bruno, que também fazia a sua estreia como técnico principal na Europa, reconheceu erros da equipa.
1.ª derrota de uma equipa ???????? portuguesa nas competições europeias em 2024/25, ao 15.º jogo
⚠Nos 14 jogos anteriores realizados pelas equipas ????????, o registo era de 12 vitórias e 2 empates pic.twitter.com/hLl9AGI0ZS
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3.ª vez nas 5 últimas épocas que o FC Porto arranca a sua prestação europeia com uma derrota:
2020/21 ???????????????????????????? Man. City, 1-3
2021/22 ???????? Atlético Madrid, 0-0
2022/23 ???????? Atlético Madrid, 1-2
2023/24 ???????? Shakhtar, 3-1
2024/25 ???????? Bodo/Glimt, 2-3 pic.twitter.com/MvIF9rlsPW— Playmaker (@playmaker_PT) September 25, 2024
“Começámos bem, a chegar com relativa facilidade à área. Sentimos que era uma debilidade as saídas por fora deles mas nunca tivemos jogo controlado perante adversário com jogo muito direto e muito físico. Tivemos dificuldades a travar os movimentos de transição e os duelos, o indicador das faltas ao intervalo é esclarecedor. Procurámos corrigir ao intervalo mas mesmo com dez eles conseguiram ampliar. Depois foi tentar, muito com o coração e com muito jogo aberto a obrigar a largura, mas eles a fecharam-se bem e a agarraram-se ao que tinham no bolso. Perdemos, este está fechado e não adianta pensar mais nele. Temos de preparar o próximo com outra mentalidade”, começou por referir o técnico na flash interview da SportTV.
2.ª derrota do FC Porto na ???????? Noruega, em 5 jogos – a derrota anterior tinha sido em 1997/98. frente ao Rosenborg, na Champions (2-0) pic.twitter.com/w7ChOrUJ3Y
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“No golo do empate tínhamos a bola dentro da área adversária e sofremos uma transição. É um movimento em que eles são fortes e onde devíamos estar mais equilibrados mas não me parecia que devíamos mudar a nossa forma de jogar mesmo depois do golo inaugural, muito cedo. O adversário foi contundente e fez-nos mal. Após a expulsão tentámos dar largura e realizámos vários remates mas muitos deles não enquadrados. Houve mérito do adversário, estão de parabéns”, acrescentou a esse propósito.
O FC Porto somou o 4.º jogo consecutivo sem ganhar na Liga Europa
⚠ Nos 7 últimos jogos que realizou na Liga Europa, o FC Porto soma uma vitória, 2 empates e 4 derrotas pic.twitter.com/4atxkNBEbl
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Em paralelo, Vítor Bruno assumiu também que toda a conversa em torno do favoritismo do FC Porto para ganhar a competição pode ter abalado de forma negativa a equipa. “Se pudesse não chutava [a questão do favoritismo] para canto, chutava para fora do estádio. É um peso muito grande para um plantel tão jovem como este, além de que não faz parte do nosso compromisso diário. Pensar muito à frente era o primeiro erro para a equipa cair. Tropeçámos, há quem se levante, outros não, mas isto é para quem se levanta rápido”, referiu o treinador dos azuis e brancos a esse propósito também em declarações à SportTV.
O FC Porto terminou o jogo com 8 faltas cometidas – na Liga ????????, os portistas têm uma média de 14,5 faltas por jogo pic.twitter.com/Mbio9TjTMB
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“Se continuava a entrar com as três alterações na equipa? Arrependimento zero de quem entrou. Sou eu que trabalho com eles, sei o que me dão. Sei o que o Marko [Grujic], o [Iván] Jaime e o Gonçalo [Borges] me dão, e penso que não foi por aí, pecámos no coletivo. Era fácil para nós marcar e colocar-nos atrás, outro treinador fá-lo-ia, mas não quisemos abdicar do nosso momento de pressão. O adversário aproveitou isso e sentimos dificuldades em parar as suas transições. Eles provocaram-nos dano de forma competente e com mérito, ponto final. Há mais sete jogos para fazer e temos de atalhar caminho rapidamente, já no domingo noutra competição. Os campeões têm de dar o passo em frente e não há tempo para chorar no molhado. Há muito tempo mas temos de olhar para o jogo de outra forma”, disse depois na conferência.