O Guia Michelin anunciou esta quinta-feira, em Matosinhos, que a cidade do Porto vai ser o próximo palco da Gala Guia Michelin em 2025, evento que distingue aqueles que são considerados os melhores restaurantes portugueses.

A gala vai ter lugar no dia 25 de fevereiro, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, e os coordenadores gastronómicos do evento escolhidos vão ser os ‘chefs’ Rui Paula, do restaurante Casa de Chá da Boa Nova, Vítor Matos, do restaurante Antiqvvm, e Ricardo Costa, do restaurante The Yeatman, todos com duas estrelas Michelin, anunciou Nuno Ferreira, representante do Guia Michelin em Portugal, em conferência de imprensa no Terminal de Cruzeiros de Matosinhos, distrito do Porto.

“A escolha do Porto, enquanto cenário em que será dada a conhecer a nova seleção de restaurantes do Guia Michelin em Portugal, confirma a riqueza turística, cultural e gastronómica da região do Porto e Norte, um destino capaz de atrair tanto ‘gourmets’, como viajantes em busca de cultura e autenticidade. Com uma tradição culinária que se destaca pela diversidade e pela qualidade dos seus produtos locais, assim como pela criatividade dos ‘chefs’ de renome internacional, a região oferece uma experiência única”, lê-se na nota de imprensa entregue aos jornalistas na conferência de imprensa.

Segundo o Guia Michelin, a oferta culinária da região é marcada tanto pelo mar como pela terra.

“No Porto, o bacalhau nas suas múltiplas versões, como o bacalhau à Gomes de Sá, é um símbolo incontestável da tradição local, ao passo que mariscos, como as gambas, o polvo e as lulas, assim como peixes como o cherne, destacam-se pela sua frescura e qualidade. No Interior, pratos como a lampreia à moda do Minho e o arroz de cabidela oferecem sabores autênticos e profundamente enraizados na tradição regional, enquanto a posta à Mirandesa destaca a riqueza das carnes locais”, acrescenta.

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A sopa caldo verde, a produção vinícola, que vai desde o vinho verde do Minho ao histórico vinho do Porto, até tintos e brancos do Douro e Trás-os-Montes, completará uma experiência gastronómica sem paralelo”, defende o Guia Michelin.

Em declarações à Lusa, à margem da conferência de imprensa, o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) afirmou que a vinda deste evento para o Porto é “bastante importante” e é “uma vitória da Entidade Regional do Porto e Norte de Portugal, com um forte apoio do Turismo de Portugal”.

“Já há dois anos que nos candidatámos para receber esta gala, mas não foi possível. Ficou no Algarve e muito bem. Mas foi possível agora. Isto é, de facto, produto da estratégia de posicionamento da região como destino de grandes eventos e dou dois já para 2025: o termos a Gala do Guia Michelin, um dos eventos mais importantes a nível mundial na área a gastronomia, mas também vamos receber em 2025 o Congresso Mundial da ICCA, que é a associação mundial do setor da ‘meeting industry’, que nunca tinha vindo a Portugal”.

Para Luís Pedro Martins, eventos como esta gala são “catalisadores da procura turística” e que trazem “ganhos significativos a nível económico e de promoção do destino”.

Luís Pedro Martins acrescentou que a Gala Guia Michelin é também o “reconhecimento de todo o trabalho e da qualidade não só da gastronomia da região, mas também dos seus vinhos, dos empresários, dos muitos ‘chefs’ que a região já tem no Porto e Norte”.

“Em 2024 tínhamos já nove restaurantes com estrelas Michelin”, lembrou.

Criado do início do século XX para ajudar os viajantes nas suas deslocações, o Guia Michelin é considerado uma referência mundial na qualificação de restaurantes. Portugal entrou no roteiro em 1910.