Primeiro a SAD, depois o clube. O Sporting apresentou esta sexta-feira aos associados o Relatório e Contas do exercício de 2023/24, que será votado no próximo dia 5 de outubro no Pavilhão João Rocha, com um lucro de 21,1 milhões de euros, mais de 2o milhões acima do resultado no período homólogo (431 mil euros), depois dos 12,1 milhões de resultado positivo que a sociedade que gere o futebol divulgara à CMVM.

Os responsáveis leoninos explicam que as melhorias do resultado se devem em grande parte à antecipação dos reembolsos de dívidas emitidas, neste caso em concreto com a recompra dos VMOC e o fecho de toda a reestruturação financeira, mas assinalam também alguns valores recorde, nomeadamente o aumento do valor advindo da quotização de quase dois milhões de euros, num total de 12,3 milhões, e também do incremento dos valores recebidos em inscrições nas modalidades, que renderam 2,42 milhões. Nota ainda para a forte subida dos ativos, que passaram num ano de 267,9 milhões para 293,8 milhões de euros.

“Este resultado é reflexo do sucesso da política de crescimento da receita de modo a cobrir os gastos operacionais sem comprometer a competitividade desportiva. É convicção do Conselho Diretivo que a gradual normalização da conjuntura económica e social permitirá retomar a estratégia de crescimento das receitas, estabilizando os custos estruturais”, refere o clube, que coloca também na reunião magna a votação para a recompra do Alvaláxia, como já tinha sido anunciado, por um valor global até 17 milhões de euros.

“A época de 2023/24 ficará marcada como um período de afirmação para o Sporting Clube de Portugal. Esta foi uma temporada repleta de sucessos desportivos consolidando a nossa posição como um dos clubes mais ecléticos e competitivos, tanto em Portugal como no cenário global. Continuámos e continuamos a trilhar o caminho do equilíbrio entre a performance desportiva, o critério de investimento e a solvabilidade financeira – três pilares fundamentais para uma gestão sólida e responsável, com o objetivo de assegurar a criação de valor no longo prazo para o clube”, destacou Frederico Varandas na mensagem inicial que abre as mais de 100 páginas do Relatório e Contas do exercício de 2023/24 disponibilizadas aos associados esta sexta-feira.

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“Apresentámos um plano estratégico que reflete o equilíbrio entre sucesso presente e futuro, com metas definidas a dez anos, até 2034, para que a cada dia consolidemos o nosso caminho na consciência plena das várias etapas que ele tem de percorrer para lograr os resultados pretendidos. Atravessámos juntos uma primeira etapa de construção das bases, que nos permite iniciar agora um novo caminho de alteração de paradigma para o início de uma nova era. Juntos caminhamos para um Sporting cada vez melhor”, acrescentou o presidente da formação verde e branca ainda na mensagem inicial de apresentação.

“O Sporting apresentou, em setembro de 2024, o seu plano estratégico para o período de 2024/2034, que foi intitulado de ‘O início de uma nova era’. A visão estratégica do Grupo Sporting para os próximos dez anos é composta por um conjunto de iniciativas ambiciosas, que visam a transformação do clube numa marca e entidade única, global e distintiva, começando com a criação de uma matriz identitária holística, com uma linguagem única e sistematizada, com a criação de uma identidade visual e verbal distintivas, adaptada ao mundo digital e preparada para a globalização do clube”, refere também o clube na proposta do ponto 2 da Assembleia Geral do clube que irá realizar-se no próximo dia 5, que coincide com a receção ao Casa Pia.

“O investimento é também palavra-chave, nomeadamente na formação de atletas, no centro de otimização desportiva, na responsabilidade social, na digitalização e, ainda, nas infraestruturas. O Alvaláxia foi concebido pelo Sporting no âmbito do projeto do novo Estádio José Alvalade com o propósito de funcionar como zona de entretenimento para sócios, adeptos e fãs do Sporting, o que se alinha com um dos vetores essenciais do referido plano estratégico. Nessa medida, considera o Conselho Diretivo ser estratégico e de extrema importância recuperar, desde já, a propriedade imóvel, por si construído entre 2001 e 2003 e alienado a terceiros em janeiro de 2007″, completa, falando num valor até 17 milhões de euros.