Em campo, tudo corre bem a Jannik Sinner. Ainda na ressaca do triunfo no US Open frente a Taylor Fritz, naquele que foi o segundo Grand Slam da carreira depois de ter ganho o Open da Austrália no início do ano, o italiano voltou a virar um encontro após perder o primeiro set e bateu o russo Roman Safiullin por 3-6, 6-2 e 6-3 no Open ATP de Pequim. Mais do que isso, saltou para a liderança de um dos poucos registos que lhe faltavam em relação a 2024, tornando-se o jogador com mais vitórias a par de Alexander Zverev (57).

Ao todo, Sinner, atual número 1 do mundo, alcançou os quartos de um torneio pela 13.ª vez esta temporada em 13 competições onde entrou com aquele que foi o 14.º triunfo seguido contando com a passagem sem jogar em Cincinnati com Jordan Thompson. Sem a atual competição, o transalpino ganhou Open da Austrália (Medvedev), Roterdão (de Minaur), Miami (Dimitrov), Halle (Hurkacz), Cincinnati (Tiafoe) e US Open (Fritz), foi às meias de Indian Wells (Alcaraz), Monte Carlo (Tsitsipas), Roland Garros (Alcaraz) e ficou nos quartos em Madrid (Auger-Aliassime), Wimbledon (Medvedev) e Montreal (Rublev). Ainda assim, nem tudo corre de feição ao jogador de 23 anos, que volta a ver nuvens no horizonte próximo.

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A Agência Mundial Antidopagem anunciou este sábado que apresentou recurso no Tribunal Arbitral do Desporto pelo processo que envolve Jannik Sinner, pedindo uma suspensão de um a dois anos ao jogador italiano após ter registado dois controlos antidoping positivos. Assim, a AMA refere que não quer qualquer outra desqualificação em termos de resultados desportivos além daqueles que já existiram mas entende que as conclusões tiradas pela Agência Internacional para a Integridade do Ténis, que decidiu ilibar o transalpino após ouvir as suas explicações para o caso, não são corretas face à legislação aplicável.

Ténis: Jannik Sinner testou positivo para doping em Indian Wells mas foi ilibado

De recordar que Jannik Sinner testou positivo para baixos níveis de um metabolito de clostebol, um esteroide anabolizante proibido, durante Indian Wells e num outro resultado oito dias depois feito fora da competição. O número 1 do mundo justificou esses testes com um spray de venda livre que tinha nas suas propriedades clostebol e que foi utilizado pelo fisioterapeuta para colocar num corte que tinha num dedo antes de massajá-lo sem luvas, levando à tal “contaminação” com o produto proibido defendida em tribunal.

“Obviamente que estou muito dececionado com este recurso, para mim foi uma grande surpresa porque já tivemos três audiências durante todo este processo com a Agência Internacional para a Integridade do Ténis e foram as três positivas para mim. Não estava à espera, confesso que não. Informaram-se há dois dias que iriam apresentar este recurso e disseram-me que tornariam a notícia pública hoje [sábado]. Não sei, talvez a Agência Mundial Antidopagem só queira assegurar-se de que tudo o que foi feito é correto mas para mim foi uma surpresa. Não estava à espera mas há coisas que não se podem controlar”, comentou o jogador.