Vítor Paulo Pereira, a cumprir o último mandato enquanto presidente da Câmara de Paredes de Coura, foi sexta-feira reeleito, pela segunda vez, presidente da distrital do PS de Viana do Castelo.

Segundo o presidente da comissão organizadora do ato eleitoral, João Braga Simões, dos 1.031 militantes do distrito de Viana do Castelo, que estavam em condições de votar, exerceram esse direito 604, cerca de 60%”.

Além das dez concelhias do Alto Minho, votaram militantes das três secções da capital de distrito (margem esquerda do rio Lima, Vale do Neiva e Viana do Castelo) e duas secções do concelho de Caminha (Vila Praia de Âncora e Caminha).

Além do presidente da Federação distrital do PS, as eleições que decorreram entre as 18H00 e as 22H00 de sexta-feira, elegeram os delegados ao congresso distrital do partido que vai decorrer no dia 12 de outubro, em Arcos de Valdevez e, reelegeram Sandra Vietes como presidente das Mulheres Socialistas, com 87% dos votos e, a comissão distrital das mulheres socialistas, 87% dos votos.

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Vítor Paulo Pereira foi eleito, pela primeira vez, em dezembro de 2022, na sequência da renúncia do ex-autarca de Caminha e ex-secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves.

O líder reeleito, que é também membro da Comissão Política Nacional do PS, apresentou-se para novo mandato com a moção de orientação política “Unidos por um Alto Minho mais forte”.

Um “documento assente em quatro eixos fundamentais para ganhar as batalhas que se avizinham, nomeadamente tornar o partido moderno e aberto à sociedade e próximo das pessoas”.

O líder agora reeleito quer apostar “numa comunicação mais eficaz com os militantes e com a sociedade civil, mas também na capacitação global dos autarcas, dirigentes e militantes socialistas com o propósito de dotá-los de conhecimentos e de instrumentos para um melhor desempenho político, tanto mais que é preciso consolidar os resultados e objetivos autárquicos”.

Para Vítor Paulo Pereira a sua liderança “estará sempre mais preocupada com a vida das pessoas, das instituições e das empresas do distrito do que com as ‘performances’ políticas”, apesar de reconhecer que o partido será “avaliado pelos resultados”.

“Esta moção é de todos. Todos serão chamados a participar. A nossa Federação é a casa comum daqueles que querem transformar o nosso distrito num lugar mais inclusivo e desenvolvido, que queremos deixar como herança para os nossos filhos”, afirmou, citado numa nota enviada à imprensa.

Segundo Vítor Paulo Pereira aponta como objetivos dos próximos dois anos de mandato na liderança do PS do Alto Minho “a consolidação das conquistas eleitorais, que terão de ser transformadas em benefícios para o distrito”.

O socialista defende uma “esquerda ativa, inteligente e pragmática que aposte na inovação, na educação e, nas transições energética e digital como motores de criação de emprego mais qualificado”.

“Queremos melhores salários. E melhores salários criam-se com investimentos empresariais nas tecnologias de ponta. Queremos ser uma esquerda que não esteja apenas interessada na repartição do valor criado pelos outros, mas que participe na sua criação e exija a justa redistribuição social. Porque quem participa ativamente na criação de riqueza, tem o direito e o dever de exigir a sua redistribuição”, argumentou.

Para o autarca e dirigente socialista “é viável um modelo de sociedade capaz de conciliar o crescimento económico com uma sociedade mais justa e com a manutenção do Estado social”.

“O Estado social é para nós um valor inegociável. E sabemos que precisamos crescer, produzir mais e exportar mais e melhor porque só assim conseguiremos continuar no caminho das contas certas que ajudarão a suportar o nosso Estado social”, sustentou.

Vítor Paulo Pereira pretende ainda “abrir a federação à sociedade civil”, sublinhado que “as próximas eleições autárquicas poderão representar uma oportunidade para abrir o partido a pessoas válidas e comprometidas com o seu distrito e que poderão ajudar o PS a reforçar as suas listas nas diversas candidaturas”.

Quanto mais cativarmos os cidadãos bons, e com provas dadas nas suas profissões e com uma cidadania ativa nos respetivos concelhos, para a participação política pelo nosso partido, melhores listas conseguiremos apresentar nas próximas eleições autárquicas“, concluiu.