A primeira jornada da Segunda Liga de 2022/23 teve uma derrota do Nacional na receção ao Tondela mas uma vitória para Daniel Guimarães. Após mais de um ano de paragem devido a um problema oncológico, o guarda-redes conseguiu recuperar, trabalhou para voltar a ser o que era e foi de novo opção para o conjunto madeirense rumo a uma mais do que anunciada subida que viria apenas a confirmar-se na última época. No entanto, no final de outubro de 2022, tudo voltou a parar devido à mesma questão que o deixara de fora.

O diagnóstico de um tumor de células germinativas no retroperitónio, junto ao abdominal, voltou. Desta vez, Daniel Guimarães já não conseguiu superar e regressar aos relvados. Morreu esta sexta-feira aos 37 anos.

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“Até sempre, Daniel. O Clube Desportivo Nacional está de luto pelo falecimento de Daniel Guimarães, ex-guarda-redes alvinegro. O guardião deixa-nos aos 37 anos de vida, após uma difícil e corajosa luta contra uma doença prolongada. Chegou à Madeira no arranque da época 2017/2018 e aqui deixou o seu nome gravado na história, sendo adorado pelos seus colegas, treinadores e adeptos. Foi adorado por muitos e admirado por todos, mesmo pelos mais diferentes adversários que defrontou”, destacou o clube madeirense em comunicado esta sexta-feira, recordando a luta que o antigo guarda-redes estava a travar.

“A doença obrigou-o a interromper a sua carreira na temporada 2020/2021 mas regressou aos relvados dois anos depois. Com toda a sua coragem e resiliência, deixou sempre uma imagem de guardião lutador, dentro e fora dos relvados. Demonstrou sempre uma enorme dedicação e paixão ao nosso Nacional, marcando presença em alguns feitos históricos, deixando agora a nossa família nacionalista incomparavelmente mais pobre. À família e amigos, o CD Nacional apresenta as mais sentidas condolências, extensivas a todos os nacionalistas”, acrescentou ainda o texto do conjunto agora primodivisionário.

Formado no América Mineiro, Daniel Guimarães passou por clubes como Formiga, Ponte Preta, Mogi Morim, América de Natal e Red Bull Brasil, de onde se transferiu para o Nacional em 2017. Logo na primeira época ao serviço dos madeirenses o guarda-redes sagrou-se campeão da Segunda Liga, com o clube a descer mais tarde de novo ao segundo escalão. Em março de 2021, no seguimento de uma lesão que parecia ser apenas traumática, foi detetado o problema de foro oncológico que levou a uma primeira interrupção na carreira até ao regresso aos relvados no início da temporada de 2022/23. Em outubro de 2022, mais exames realizados mostraram o reaparecimento do cancro, o que levou a que terminasse de vez a carreira.