Os trabalhadores do atendimento do Centro Nacional de Pensões e do Centro Distrital de Lisboa do Instituto da Segurança Social vão estar em greve na sexta-feira, contra a “degradação dos serviços” que “se têm agravado ao longo dos anos”.

A greve foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA) e está prevista uma concentração dos trabalhadores, às 11h00, junto à entrada do edifício sede do Instituto da Segurança Social, em Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, Joaquim Ribeiro, do STFPSSRA, estima que a greve vá abranger cerca de “170 a 180 trabalhadores” e antecipa que seja “muito expressiva, com muitos constrangimentos e com fecho de muitos serviços de atendimento”.

Segundo o dirigente sindical, os serviços de atendimento ao público poderão vir “a fechar na sede e na maioria dos serviços locais de atendimento do distrito”.

O objetivo é contestar a “degradação dos serviços de atendimento, que se têm agravado ao longo dos anos”, quer ao nível da “degradação das instalações, ares condicionados avariados, estores e janelas partidos ou em mau estado”, quer ao nível das condições de segurança, bem como no que diz respeito à “saída de trabalhadores para a aposentação ou por mobilidade para outros serviços públicos, nunca colmatada com novas entradas”, o que conduz a “uma sobrecarga de trabalho”.

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Por isso, uma das exigências é a “contratação imediata de trabalhadores”, com o dirigente sindical a apontar que “são precisos, pelo menos, 30 a 40 trabalhadores”.

Por outro lado, “tem que haver um reconhecimento pelo Governo e pelo conselho diretivo que estas funções são exigentes, são específicas, criam ‘stress’ e são de risco e, para isso, os trabalhadores têm que ser compensados”, acrescenta Joaquim Ribeiro, notando ainda que existe atualmente uma “desigualdade entre trabalhadores”, pois “quando abriram as lojas de cidadão os trabalhadores do Instituto da Segurança Social que foram” para estas lojas começaram a receber um subsídio de loja.

Contudo, “os trabalhadores que foram depois” e os que “estão nos serviços locais próprios da Segurança Social que têm as mesmas funções também não têm subsídio de loja”, explica. ”

“Quando o Governo assumir que isto é uma realidade, então partiremos para a exigência do valor”, sublinha.

Outra das principais reivindicações diz respeito às condições de segurança e a “exigência de mais autoridades nos serviços de atendimento”.

Segundo Joaquim Ribeiro, “muitos” dos serviços de atendimento da Segurança Social no distrito de Lisboa “não têm presença de agentes da PSP”, dando como exemplo Vila Franca de Xira, Azambuja e Alenquer.

“E os que têm tem que ser reforçada”, remata.