A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, exigiu a anulação do apuramento dos resultados das eleições gerais de quarta-feira em oito distritos da província da Zambézia, alegando que os seus delegados de candidatura foram impedidos de assistir à operação.

“Havendo obstrução à fiscalização e impedimento dos mandatários políticos, que, no nosso entender, constituem irregularidades, é-nos conferido, por lei, o direito de requerer a reposição da legalidade, devendo ser anulado todo o processo de apuramento distrital”, refere-se numa reclamação que a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) apresentou ao Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e a que a Lusa teve hoje acesso.

O principal partido da oposição acusa os órgãos eleitorais de terem impedido que os seus delegados de candidatura assistissem ao apuramento de votos nos distritos de Namacurra, Gurué, Milange, Pebane, Mulombo, Morrumbala, Mocubela e Mulevala.

As eleições gerais de quarta-feira incluíram as sétimas presidenciais – às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos – em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

À eleição à Presidência da República concorreram Daniel Chapo, com o apoio da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder desde 1975, Ossufo Momade, com o apoio da Renamo, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).

A votação incluiu legislativas (250 deputados) e para assembleias provinciais e respetivos governadores de província, neste caso com 794 mandatos a distribuir.

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